MPLA quer manter tradição na liderança da agenda nacional

A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, declarou, segunda-feira, em Luanda, que o partido deve continuar a manter a tradição e a mística na liderança da agenda política nacional, bem como das iniciativas e debates políticos em todo o país.


“Temos a obrigação natural de mantermos a tradição e a mística de sermos o partido que lidera a agenda nacional e tem a iniciativa do debate político, económico, social e cultural, ao nível de todo o país”, declarou Luísa Damião, na abertura do curso avançado de formação política e ideológica para quadros e dirigentes do MPLA que decorre até amanhã no complexo Futungo II, arredores de Luanda.

Para Luísa Damião, o sucesso de uma organização política, na arena competitiva, não depende dos recursos, oportunidades, pontos fortes ou de um bom plano estratégico, mas, essencialmente, da forma como os planos são operacionalizados pelos quadros.

A dirigente partidária recomendou maior preparação política e ideológica dos quadros do partido, para que possam responder com inteligência e visão estratégica aos novos fenómenos inerentes à competição política.

Sublinhou que a formação política-ideológica que é dirigida aos dirigentes do MPLA visa, sobretudo, formar os quadros à luz das matérias agendadas para os desafios do presente e do futuro, bem como constitui a oportunidade para o reforço da inserção do partido na sociedade e nas comunidades. “Este curso é fiel depositário do que manda o nosso sistema nacional de formação política de quadros”, afirmou, acrescentando que “os nossos quadros, modéstia à parte, são capazes porque o partido sempre se preocupou com o seu treinamento”.

Acrescentou ainda que o curso é uma oportunidade para a construção de paradigmas alternativos, que sejam válidos para as necessidades políticas partidárias do momento.

Quadros devem abraçar valores do partido

Luísa Damião defendeu quadros habilitados, com consciência ética e moralmente irrepreensíveis, que juram abraçar os princípios e valores do MPLA, lembrando que “para se vencer um adversário é preciso desequilibrá-lo de forma estratégica. E a melhor forma de o fazer, é ter quadros altamente qualificados”.

A dirigente partidária disse que bem aplicados os conhecimentos ministrados durante o ciclo de formação, os mesmos deverão impactar o dia-a-dia da acção política partidária do MPLA e permitirão melhorar o trabalho com as bases, assegurando melhores resultados no campo político, sobretudo no desempenho mobilizativo e na combatividade política.

Luísa Damião recordou que a problemática da visão ideológica, no contexto dos novos públicos políticos, demanda uma acção partidária mais consentânea e de grande alcance político, que deve, a todo o momento, ser completado por uma “aguçada” capacidade interpretativa da realidade sociasl e de readaptação constante de conceitos, face à instabilidade do carácter social e da identidade política inerentes ao actual contexto.

A vice-presidente do MPLA defendeu, por isso, o aprimoramento de novas formas de organização política, salientando ser importante ao nível do funcionamento da máquina partidária continuar a estudar as principais temáticas inerentes a gestão económica, liderança, governação e outras temáticas que assegurem maior identidade e simpatia política ao MPLA.

A dirigente partidária sublinhou que a “chave do sucesso político e a dinamização da acção partidária continua a residir na capacidade funcional dos modelos de organização que adoptamos e da capacidade de continuar a aprender com a nova realidade”.

 
Alinhamento aos grandes  temas de âmbito nacional

Luísa Damião pediu maior alinhamento do partido aos grandes temas nacionais, instrumentos de governação do Executivo, com realce para os de âmbito da gestão económica e financeira, incluindo o posicionamento do Estado angolano em relação à política interna e externa.

Aos dirigentes e quadros do partido, recomendou uma visão assertiva, política e ideológica, e maior compromisso para com a satisfação das necessidades sociais dos cidadãos, através da adopção de uma postura que assegure maior empatia política e probidade na gestão da coisa pública.

Segundo a dirigente política, a variedade e a transversalidade dos temas agendados permitem prever a possibilidade que se abre para a construção de uma nova “cosmogonia política”, assente em paradigmas ideológicos que abarcam as principais aspirações dos cidadãos.

 Aos quadros e dirigentes do partido pediu, ainda, reflexão sobre a explosão demográfica no continente, o surgimento do populismo e das redes sociais, a questão dos valores da direita, da esquerda e das suas estratégias de mobilização, bem como o novo cenário político e o lugar da comunicação e as suas dimensões.

O curso avançado de formação política- ideológica para os quadros dirigentes do MPLA debate, até amanhã, vários temas, com destaque para “Disciplina, ética e conduta política “, “Liderança política, comunicação e democracia parlamentar “, “Democracia parlamentar e gestão de crises “, “Economia e desenvolvimento e planeamento estratégico “.

FONTE: JA

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