Trabalhadores escorraçados pela empresa SOMOIL em 2018 clamam pela justiça
A SOMOIL – Sociedade Petrolífera Angolana, S.A que operadora das Associações FS e FST, localizada na Zona Terrestre da Bacia do Congo, Soyo, Província do Zaire, e também Operadora do Bloco 2/05 localizado no mar, está ser acusada de ter escorraçado de forma injusta vários funcionários que actuavam nos blocos 2/5 no município do Soyo, província do Zaire.
Por Isidro Kangandjo
O capítulo triste da história começa no dia 26 de Setembro de 2018, quando a empresa decidiu despedir 90 trabalhadores sem aviso prévio. Segundo o porta voz do grupo, o senhor Zezito, conta que no dia em que foram despedidos um outro grupo se preparava para entrar e nega que seja uma redução de trabalhadores por culpa da crise.
“Fomos despedidos em 2018 sem aviso prévio, nem hoje justificaram, apenas pegaram a lista e começaram a chamar e deram a nossa indemnização. O nosso espanto é que assim que saíamos, entrava novos funcionários”, disse o senhor Zezito e acrescenta que dos 90 trabalhadores despedidos pela empresa SOMOIL, apenas 32 continuam activos no processo e, nesta lista, também morreram cinco por desespero.
Na estatística apresentada recentemente pela empresa em causa, em 2018, o ano em que foi despedido os funcionários, a SOMOIL teve 252 e no ano seguinte e 2020, a empresa teve 279 e 271 funcionários, ou seja a empresa aumentou entre 27 a 19 funcionários, porém, nessa lista, não se encontra nenhum funcionário despedido coisa para dizer que a empresa em referência preferiu recrutar novos quadros.
“apesar do grupo estar dividido, a maioria quer o reenquadramento, estamos há dois aguardando a resposta do Tribunal Provincial de Luanda para ver se a nossa situação seja resolvida, infelizmente nunca mais nos contactaram, a juíza que está com o caso o alegam estar doente há um ano e meio”, disse.
Segundo um funcionário sénior da SOMOIL, Eng. João André, sem gravar a entrevista, disse ao Factos Diários no dia 26 do mês e ano em curso que a empresa terá reduzido funcionários por suposta foça da situação financeira que assola o país e desconhece o processo de despedimento coercivo. Questionado se a empresa terá sido notificada pelo Tribunal através do processo nº 63/20f1, respondeu, “que eu saiba não. A empresa não foi notificada”, rematou.
De lembrar que a Somoil S.A, é uma petrolífera privada fundada por veteranos do sector dos petróleos em Angola, e antigos colaboradores do então Presidente José Eduardo dos Santos, entre eles, Manuel Domingos Vicente, Desiderio da Graça Veríssimo e Costa, José Carlos de Castro Paiva, Joaquim David e entre outros.
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