Seca na província do Huambo aumenta número de mendigos
A informação foi avançada por empresário de referência no “Planalto Central”, Ernesto Yamba Yamba quando falava ao Factos Diários na tarde desta quinta-feira, 11, sobre ausência da chuva na província do Huambo desde o mês de Dezembro do ano passado. O empresário, conta que a Seca aumentou o número de mendigos na terra da “Rainha do Milho de Angola”.
Por Afonso Eduardo
Em vários bairros do município sede, as cachimbas começaram a secar e o produto do campo sobretudo o milho e o feijão, pelo menos na primeira fase agrícola, tudo ficou destruído. “ Vamos aguardar o fim de Fevereiro ou Março, se nesses meses não cair, o Huambo vai decretar a seca semelhante da província do Cunene”, disse. O empresário conta que é a primeira vez na história do Planalto Central que apresenta a ausência da chuva, por essas razões, os preços dos produtos do campo subiram de forma assustadora.
A maior preocupação do empresário Ernesto Yamba Yamba é o aumento de pessoas que pedem “esmolas” apesar dos mesmos possuírem lavras. “ No total de mais de dois milhões e meio de habitantes que a nossa província tem, 80% ou mais, dependem da agricultura e, por essa razão, o número de mendigos aumentou nos últimos tempos, as pessoas não mendigam nas ruas ou nos mercados formais e informais da província. Eles batem portas e portões para ver se alguém possa ajuda-lo”, lamentou.
Uma outra preocupação avançada por empresário, tem que ver com a barragem do Cuando que deixou de fornecer a energia elétrica por causa da seca e, por este motivo, os bairros 08, Chivela e uma parte do Benfica, estão a bom tempo sem a energia pública.
Segundo o responsável da agricultura na província do Huambo, Tony Camuti, disse que a falta de chuva que se regista desde Dezembro de 2020, numa altura em que o milho se encontrava na fase vegetativa e o feijão na fonológica da floração, provocou o chamado “stress híbrido” nestas culturas, daí a pouca esperança na sua recuperação.