Preço da cesta básica ´estupra´ o salário mínimo. População inclui rato e gato no cardápio

Com a subida galopante dos produtos da cesta básica, nos últimos meses, influenciada pela desvalorização acentuada do kwanza, está a deixar muitas famílias entre a ‘espada e a parede´. Para os analistas, a situação não é apenas ´caótica´ para os desempregados, igualmente para quem é empregado.


Por Marina do Rosário.

A subida dos preços da cesta básica e não só, que actualmente é superior a um salário mínimo, tem levado ao delírio ´centenas´ de cidadãos que vejam ´navio´ nos armazéns da capital do país, assim como nas demais províncias. Tem sido dias, semanas, meses e anos difíceis para a população que sobrevive com cerca de 1.000 kzs/dia.

“Se nós que trabalhamos estamos a ter dificuldade, imagina aqueles que não trabalham, como eles estão a encarar a situação neste momento? ”, questionou uma cidadã, de 47 anos de idade, abordada pelo o Factos Diários, ao pé de um armazém, no mercado dos Kwanzas.

“Conheço pessoas que têm o salário 30 mil Kwanza, nesta altura, o saco de arroz ronda nos 20 mil e tal. Agora, como é que essas pessoas vivem? ”, questionou indignado outro cidadão, que preferiu o anonimato.

Na província da Huíla, por exemplo, as famílias estão a adoptar novos hábitos alimentares influenciados pela pobreza extrema, conforme reportou recentemente o Jornalista Carlos Alberto, do Portal a Denúncia.

“Aqui no Lubango, no bairro da Mitcha, zona 4, a pobreza é tão alta que famílias se estão a alimentar de ratos, gatos e corvos. E têm de economizar os ratos e gatos que conseguem apanhar para servir de alimentação para toda a família durante a semana”, Escreveu o Jornalista.

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