ELE NÃO PERDOA: Conheça a arte de roubo com “professor” Rabelais

Como consta dos autos, Rabelais abriu, entre 2016 e 2017, contas bancárias, em que é o único assinante, nos bancos BCI (onde teve maior número de operações); BPC; BAI; BIC e Banco SOL. Usando o nome do GRECIMA, solicitou a aquisição directa de divisas no BNA, tendo o banco confirmado a venda de EUR 98.141.632,39, o equivalente, na altura, em USD 109.855.154,57 e em AKZ 18.328.258.687,22.


Por Isidro Kangandjo

Usando a conta do GRECIMA, os arguidos efectuaram directamente a compra de divisas e
levantamentos em Bancos Comerciais, num total de 19.342.395.961,90 Kwanzas. Para além disso, o
GrECIMA beneficiou de 4.528.097.821,52 Kwanzas, que beneficiou as empresas Vitalopen; Achieve; Semba Comunicação; Goldex-Prestação de Serviços Empresariais; JGK e Filhos; OakclodeInvestments; bem como para o Instituto Nacional de Segurança Social, sem terem prestado algum serviço.

Nos autos consta ainda que os arguidos transferiram valores em euro ao exterior do país, através
do BCI, num total de 16.126.986,00 euros, divididos pelas empresas Monarch Internacional
(2.087.730,00); Pavitra General Trading LCC (5.250.176,00); radwan Limited (1.385.980,00);
Mercantus Trading Limited (3.302.00,00); Bencclan Holding Limited (1.165.220,00); Euro News
56 Quai ramabud (385.000,00); Madrofix Unipessoal (220.000,00); GTMB FZCO (1.611.180,00);
Al Husnain (323.500,00); Zilford (271.000,00) e Jebel Dubai (116.800,00).

Se o salário do pecado é a morte, o salário do crime é a cadeia

Com 56 anos, Manuel António Rabelais, ex-director do GRECIMA (Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração), foi condenado a 14 anos e seis meses de prisão, pelos crimes de peculato e branqueamento de capitais, cometidos durante a sua gestão, naquele gabinete, nos anos 2016 e 2017.

Pelos mesmos crimes, Hilário Gaspar Santos, de 44 anos, foi condenado a 10 anos e seis meses, por existir, segundo o tribunal, o mesmo grau de culpa nestes crimes, uma vez que este réu foi a pessoa que tinha como missão procurar e convencer pessoas e empresas a comprar divisas.

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