Como a casa militar trabalha na mobilização de massas a favor do MPLA? Saiba tudo hoje
Durante uma conferência de imprensa realizada hoje, 11, pela comissão representativa dos efectivos da Casa Militar do Cuando Cubango, revelaram entre vários assuntos, o esquema que o órgão militar do Estado usa para movimentar as massas a favor do MPLA mobilizando vários militantes da UNITA.
Por Isidro Kangandjo
….
Tudo terá começado no dia 23 de Novembro de 2003 quando uma caravana da Casa Militar composta por 41 viaturas e 54 elementos chefiados na altura pelo Major Matadidi, no bairro no bairro Tchivonde, nos arredores do Mupambala 1 e 2.
Em 2005, por intermédio dos Generais Eusébio de Brito Teixeira, Wambo Kalunga e Zé Maria, ambos na companhia do Tenente Liahuka, deu-se o primeiro passo de enquadramento dos engenheiros sapadores desmobilizados que no dia 27 de Maio de 2005 foram enquadrados 352 engenheiros sapadores, chefiado na altura por Coronel Castro.
ACTIVISMO POLÍTICO NA CASA MILITAR DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
No mesmo ano, isto é em 2005, além dos batalhões, foram enquadrados na Casa Militar um grupo independente composto por 103 elementos entre homens e mulheres, dos quais faziam parte dos oficiais superiores e elites políticas provenientes da UNITA, figuras Generais, Oficiais Superiores, Capitães, Subalternos e elites políticas.
Este grupo de activistas políticos é denominado “Grupo Especial” apoiado com logística e meios financeiros provenientes da Casa Militar tendo como foco desmantelar as praças fortes da UNITA. Nesta altura, a Casa Militar do Cuando Cubango já tinha no seu controlo 3.600 efectivos que resultou na criação das 14 brigadas especiais de desminagem.
Muitos continuam a trabalhar a favor das massas a favor do MPLA depois o grupo cresceu para 86 distribuídos no Cuanza Sul, 13, na companhia do General Eusébio de Brito Teixeira e os restantes, 73, ficaram no Cuando Cubango sendo mais tarde reencamionahdos nas províncias do Huambo, Bié, Moxico, Cunene, Benguela e Huambo e hoje conta com 1382 efectivos que trabalham como Activistas políticos e recebem o dinheiro da Casa Militar da Presidência da República de Angola.
AS TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO DOS MILITANTES DA OPOSIÇÃO
Segundo o representante dos efectivos da Casa Militar, Adelino Daniel Pessela, fez saber que os métodos de mobilização dos militantes da oposição começou na localização das elites políticas, ex oficiais superiores, diminuídos físicos, viúvas e todas pessoas vulneráveis aliciando-as com promessas de emprego para estes e seus dependentes na Casa Militar.
Nas vésperas eleitorais, estes sapadores sempre foram obrigados abandonar as fardas e passes de serviços para apostarem apenas na mobilização de massas a favor do MPLA.
“Além da mobilização, muito de nós fomos para a construção de hospitais, administrações municipais e comunais, construção de escolas, esquadras policiais e, ainda, outros foram reencaminhados para serviços educacionais, de saúde pública e hospitalares, fiscalização ambiental e Rural”.
Segundo os senhores, a unidade de desminagem é uma estratégia do governo e do MPLA no sentido de fazer a manutenção do poder em Angola.