“Até que fim o MPLA se revoltou contra o seu fantoche”
José Mateus Zecamutchima, foi ontem detido por Serviços de Investigação Criminal através do mandado de detenção proc. nº 0111/2021 assinado por magistrado do Ministério Público Bernardino de Almeida Neto no dia 06 de Fevereiro, acusado por suspeita de envolvimento na prática dos crimes de rebelião e de associação de malfeitores.
Por Isidro Kangandjo
Quem está indignado com atitude das autoridades angolanas é o presidente do Manifesto Jurídico do protectorado Lunda Tchokwé, Dr. Jota Filipe Malakito que considera José Mateus Zecamutchima como elemento ao serviço do regime do MPLA desde 2011, para desestabilizar a vitória judicial do Manifesto Jurídico Sociológico Lundes, manifesto este que exige independência da República do Protectorado Lunda Tchokwé de forma judiciária.
Para Jota Malakito, tudo tem o seu tempo, porém, nunca contava que alguém ao serviço do regime estaria a prestar conta com a justiça. Numa mensagem curta e objectiva, o jurista escreveu “até que fim, o MPLA se revoltou contra o seu fantoche José Mateus Zecamutchima, que usou desde 2011 para tentar abafar a vitória judicial do Manifesto Jurídico Sociológico do Lundes”, rematou.
PORQUÊ RAZÃO A MANIFESTAÇÃO DO DIA 30 FOI REALIZADA APENAS NO CUANGO?
Recentemente, o Factos Diários falava com inspetor do Manifesto Jurídico do Protectorado Lunda Tchokwé, António Jaime Tchinhama que Zecamutchima não tem aceitação nas Lundas por se tratar de um individuo que anda a burlar muitos cidadãos com promessas de garantir a independência naquela região.
“Depois de tantas promessas fracassadas, José Mateus Zecamutchima já não pisa em todas regiões do leste, tanto é que, a manifestação que segundo ele, visa exigir as melhores condições de vida, a ser verdade, deveria ser realizada em toda região. A desgraça do leste não está apenas em Cafunfo, está em todo o canto da região. Uma vez que não tem aceitação nas outras províncias do leste, preferiu realizar a manifestação na zona onde goza simpatia”, contou.
António Tchinhama, sente-se solidário com a morte de 25 pessoas mortas na manifestação, por outro lado, atira a responsabilidade ao realizador da manifestação por não ter conseguido fazer leitura do tempo, por isso, pede a responsabilização criminal dos efectivos assim como o promotor da manifestação.