A BANALIZAÇÃO DAS AUTORIDADES TRADICIONAIS
Opinião
PAULO SANTO
A figura de uma autoridade tradicional é e sempre foi importante para as sociedades africanas, desde as primitivas até aos nossos dias porquanto, ela (autoridade), representa o equilíbrio e promove a harmonia social, tal como a igreja é a reserva moral de qualquer sociedade.
As autoridades tradicionais arbitram deste modo para a regularização dos litígios derivados da posse da terra no seio das comunidades e velam pela paz social das mesmas. Não perseguem fins políticos nem sugerem quem deve ou deixar de ser representante da mais alta instância Política nacional numa determinada circunscrição do território.
Está na moda nos últimos dias ler textos na plataforma CNNANGOLA e que de CNN, não restou nada se não a cópia do nome. Este acto de difamar a pessoa de Gonçalves Muandumba e até de incitar ódio é uma encomenda clara de alguns incautos que a todo custo procuram atingi-lo, porque estará em causa os interesses económicos daquele grupelho que perdeu as suas zonas de influência, só visto.
Também não deixa de ser sintomático que o mesmo PASQUIM, destile ódio diariamente na pessoa do Gonçalves Muandumba com intuito de justificar os míseros kwanzas que recebe dos patrões cuja impressões digitais, cheira madeira e quiçá, contrabando de combustíveis nas fronteiras do Congo Zâmbia.
A “suposta” mensagem da Rainha Nhakatolo, deixa evidente que nem a sua música folclórica é capaz de fazer dançar os menos lúcidos. Esta postura, é protótipo da fragilidade e descredibilização do “poder” tradicional na resolução dos litígios (conflitos) que assolam as comunidades rurais.
Pode também representar o desnorte do processo e o xeque-mate de quem sempre susbtimou a visão de Gonçalves Muandumba, tal qual a igreja católica (CEAST), que tomada pelos padres da nossa era, a pregação da boa nova e da elevação espiritual ao divino, se confunde com o limite da política e a sua mensagem, não é transponível aos ouvidos dos crentes.
De quem é a culpa? Sermão de Santo António aos peixes. Quando se calhar, aqueles que tem a missão de guarnecer as comunidades são tomados pela apetência do negócio (…), e em troca da segurança das mesmas comunidades, promovem a discórdia, intrigas e tribalismo no seio das populações, cheira diatribe.
Não restará dúvidas de que nos próximos dias, surjam marchas de algumas “autoridades” tradicionais a pedir exoneração daquele Governador, a exemplo do que aconteceu recentemente em Malanje.
Neste mundo das hipóteses, quem sabe que no cimo da montanha e sentado em sofá comprado com o dinheiro do Estado, surjam ordens que entretanto, deverá ser cumpridas pelos capangas a fim de retirar as bandeiras do glorioso em alguns bairros das comunas do Alto Zambeze, a pretexto de uma suposta “insatisfação” ou impopularidade de Gonçalves Muandumba, vê onde paramos.
O MPLA no Alto Zambeze está forte e a derrota da UNITA é inequivocamente garantida. Portanto, o negócio da madeira e outros, não podem dividir este povo martirizado e nem deve atrasar o desenvolvimento da província do Moxico.
O Moxico melhorou muito nos últimos quatro (4) anos se comparado com o tempo da outra senhora.
E, este é o caminho que tem e deve continuar a trilhar.
Haja saúde e paz para todos.