CASO CACULO CABAÇA: empreiteiro chinês afirma que aumento de salário depende do governo de JLO que não paga dívidas
Depois de várias negociações fracassadas e paralisação constante dos funcionários que exigem a Alteração da Tabela salarial, férias anuais e folgas bimensais, subsídios de Isolamento, Subsídio de Transporte e duração do contrato, a entidade empregadora respondeu e atira a bola ao governo de João Manuel Gonçalves Lourenço.
Por redação do Factos Diários
Na presença dos membros da Inspecção Geral de Trabalho na província do Kwanza-Norte, o Director Geral da empresa CGGC,LTD que opera no Aproveitamento Hidroeléctrico do Caculo Cabaça, Município de Cambambe, conformou que as exigência dos trabalhadores serão cumpridos assim que o dono da obra, o governo angolano que está sob responsabilidade do Ministério da Energia e Águas disponibilizar os 25%.
“Estaria disposto a satisfazer a mesma demanda tão logo que receber um adiantamento na ordem dos 25% por parte do dono da obra”, disse o empreiteiro Xu Qihui.
Segundo os participantes na acta, o empreiteiro afirmou que durante os 5 anos de trabalho, a empresa trabalha maioritariamente com fundos próprios por culpa da morosidade da ordem de saque do governo angolano.
O problema de alocação de fundos para a empresa construtora do projecto hidroeléctrico de Caculo Cabaça que prevê produzir dois mil 172 megawatts (MW) é antigo, a primeira vez que mereceu a intervenção do Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges foi no dia 15 de Setembro de 2021, onde o executivo tinha uma dívida avaliada em 140 milhões de dólares.
De lembrar que a obra é avaliada em mais de cinco mil milhões de dólares e é co-financiado pela República Popular da China, na componente de construção civil do aproveitamento hidroeléctrico e do sistema de transporte associado, no valor de 4,5 mil milhões de dólares e Alemanha, na parte do fornecimento e montagem do equipamento electromecânico, orçado em 1,02 mil milhões.