Militantes do PDP-ANA mapeiam estratégias sem a figura do Presidente
O Secretariado Geral do Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA) convocou a imprensa, hoje, 10 de Março, para falar sobre crise “crónica” do partido e do papel “rasgado” do Presidente do Partido.
Por Joaquim Paulo
Um grupo de membros do PDP-ANA, guiado pelo Secretário Geral, Zissala Mamona Pululu, Mampinga Mbala, membro do Bureau Político, falou hoje à impressa sobre a crise que se instalou no partido desde o desaparecimento físico do seu então fundador Mfulumpinga Lando Victor.
Uma crise, segundo os militantes, que vem se agravando desde a investidura de Simão Mazaku, como presidente do partido.
Na ocasião, os membros reiteraram inúmeras vezes, que a crise do partido tem se agravado devido a incompetência do actual dirigente, que ocupa o cadeirão máximo do partido há mais de seis anos. O grupo de membros do PDP-ANA, apresentaram à imprensa alguns factores que continuam a declinar o partido. Com destaque à incapacidade de direção do presidente Simão Mazuko.
“Apesar das verbas que o partido tem recebido com regularidade do Orçamento geral do Estado(OGE), via CASA-CE, desde Março de 2018, o partido está ausente da senda política Nacional, sem actividades, nem estruturas a nível das províncias e municípios.” Palavras proferidas pelo Secretário geral, para citar a incapacidade do Presidente do partido de organizar, desenvolver e dirigir o “partido de Mfulumpinga”
Falou-se, também, de mentiras e desvio de dinheiro.
“ O Presidente Simão Makazu, dirigiu um ofício à CASA-CE solicitando o apoio de cinco milhões de Kwanzas (5.000.000,00kz) para, segundo alegou, pagar a dívida que o partido terá contraio aquando da realização do Segundo Congresso extraordinário em 2015. Este montante lhe foi concedido, porém, nunca revelou ao partido.” Ouviu-se durante a conferência, para contar que o Presidente tem usado o património do partido para fins pessoais.
Questionados pelo Factos Diários se o Partido está em condições de avançar sem a figura do Presidente, recebemos um “sim”. “É bem provável que, com a ausência do Simão Makazu na presidência, teremos mais chances de reavivar o partido e voltar no estado que o fundador deixou”, acrescentaram, para depois dizer que o presidente afunda mais o partido do que desenvolver.
Vale recordar, o grupo de militantes vai realizar uma reunião extraordinária dos membros do comité central, no dia 12 de Março, sexta-feira, com o lema “revitalizar o partido como forma de honrar o sangue de Mfulumpinga”, com ou sem a presença do Presidente do partido. A reunião terá como objetivo a convocação do congresso prevista para o corrente ano.