Quilo de fuba sobe de 100 para 300 kwanzas no município da Caála
A falta da chuva no município da Caála, província do Huambo, durante o ano de 2020, deixou as lavras secas, impossibilitadas de produzirem o milho em grande escala conforme o município é conhecido pelo seu potencial de produção do milho.
Por Isidro Kangandjo
A zona onde o quilo de fuba custava apenas 100 kwanzas, agora disparou para 300 kwanzas, uma questão para se dizer que está decretada a fome no município que mais produz o milho.
Os munícipes alegaram que a situação poderá piorar neste ano uma vez que, desde o mês de Dezembro, o solo não conheceu o poder das gotas de água do Santo António, uma situação que está a fazer com que os milheiros sequem nas lavras e o feijoeiro também. “Não temos máquinas para tirar a água do rio para irrigar as nossas lavras e, como se não bastasse, os riachos, que nos ajudavam irrigar as nacas, secaram. Essa situação poderá nos levar nos dias piores da nossa vida” – confessou Isabel Luchaty ao FD.
De acordo com um agricultor que tem mais de 30 cabeças de gados, que se dedicam apenas ao campo, a zona do 25, Calenga, Calilonge, Candiombolo e Calue, nos anos de 2000, muitas delas preferiam oferecer toneladas de milhos para pessoas infectadas com a fome no território nacional. Em 2005, segundo conta, o quilo de fuba custava apenas 20 Kwanzas.
“Eu nunca vi essa seca na minha vida, sobretudo, no meu município da Caála” – disse Fernando Calei, que fez saber que para a região todos os dia 25 de Dezembro a chuva caía, uma realidade que não acontece há dois anos. “O milho e o feijão, já germinaram nas lavras, porém, por falta da chuva, tudo está a secar”, lamentou.
Segundo os munícipes, até janeiro do ano passado, a fuba custava 100 Kwanzas, hoje está a ser vendida por 300 Kwanzas. O quilo de milho era comercializado por 75 kwanzas, hoje disparou para 230. “Muito de nós produzimos apenas para o sustento das nossas famílias e não nada resta para vender nas praças”.
A nossa equipa de reportagem entrou em contacto com administrador municipal da Caála, Francisco Jamba Kata, este prometeu fornecer o contacto do responsável da agricultura local. Desde às 08:52 minutos do dia 28 que infelizmente não enviou.