Pessoas recuperadas da Covid-19 acusam o Ministério da Saúde de falsificação de dados
Cidadãos diagnosticados com a COVID-19, na cerca sanitária do Hoji-Ya-Henda, município do Cazenga em Luanda e que foram levados ao centro de tratamento instituído pelo MINSA em Calumbo, consideram que estes testes são aleatórias e não concordam com os resultados, porque, segundo eles, nunca chegaram de sentir nenhuma dor e nem febre.
“Vivendo num quintal com mais de 25 membros, vizinhos e familiares, mas apenas 5 indivíduos foram levados devido aos testes terem dado positivo, facto que nos deixou espantados”, afirmou uma das ocupante do quintal.
Falando ao Portal Factos Diários, os entrevistados que preferiram falar em anonimato, alegaram que durante o tempo que ficaram de tratamento do Calumbo, não apresentaram nenhum sintoma da Covid-19, todavia, foram sempre obrigados a tomarem medicamentos.
” Durante o mês que lá fiquei, não tive febre mas nos davam dois comprimidos de Cloroquina, um comprimido as dez horas e outro às 22 horas. O estranho é que ninguém tinha direito de ver televisão nem manusear no telefone com o medo de denunciar as irregularidades. Todas as manhãs e a tarde, fazíamos o exercício físico”, disse.
Acrescentam que “apenas víamos pessoas a entrar e a sair, logo, dava-nos entender que os dados divulgados eram de mentira. Vivemos uma cena caricata, um senhor foi dado como morto e a sua família foi notificada de que o seu membro havia falecido, mas na verdade o senhor estava vivo e bem de saúde até por que recebemos a alta juntos neste dia que noticiaram os 74 recuperados”.
Os entrevistados estão satisfeitos a forma como os vizinhos e familiares acolheram os mesmos, pois, temiam a descriminação.
A outra vítima que também foi levada com o seu bebe de quatro meses, disse que ficou surpreso por terem acusado positivo ela e o bebe ao passo que o esposo ter acusado negativo uma vez que os mesmos partilham a mesma cama e os mesmos pratos.
“Eu acho que esta doença no país existiu no princípio, com a chegada dos irmãos vindos dos paises contaminados e, suspeito que já terminou, mas como tudo em Angola deve se fazer negócio, creio que há um aproveitamento da situação”, referiu a fonte.
Apesar dos mesmos serem internados por causa da COVIF-19, os meios usados no centro de tratamento como lençois, toalhas e banheiras, não foram deitadas porque “os médicos diziam que os mesmos meios deviam servir para outros doentes que lá fossem. Se nós tivemos coronavírus, porquê razão os nossos meios poderão ser usados para outros pacientes?”, questionam.
A nossa equipa de reportagem se deslocou no Calumbo, Município de Viana mas sem sucesso.
Segundo a equipa presente, alegam que não tem autorização de prestar qualquer informação.
Por Paulo Tandu, “o Repórter da periferia”
Eu acredito que os governantes deste País não têm e nunca vão ter compaixão do povo razão pela qual brincam connosco conforme eles bem querem , mais isso um dia vai chegar ao fim e vamos matar esses tds gatunos