Sem condições de trabalho nas lavras mulheres encontram alternativas na Centralidade da Caála. “Nós sabemos que as nossas mulheres se prostituem”

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A triste informação vem de um munícipio com potencial agrícola invejável na província do Huambo, por esta capacidade Caála é e será o celeiro de Angola. A falta de fertilizantes para fortificar as sementes no solo assim como a fraca chuva e em alguns lugares o excesso dela, acaba por condicionar agricultura familiar e, como resultado a prostituição toma conta das mulheres que vêm de várias aldeias do Huambo e da Caála.


Por Isidro Kangandjo

Isaac Jamba Ngunji e Teresa de Carvalho Miguel, são moradores da Centralidade da Caála, Faustino Muteka com o tempo que varia entre os dois e três anos, avançaram ao Factos Diários que mais de 100 pessoas, maioritariamente mulheres, chegam à centralidade a procura do emprego e, as mais fragilizadas são forçadas a se envolver com os moradores em troca de alimentação ou dinheiro.

Estes moradores consideram preocupante a situação social das famílias na província do Huambo e, de forma particular no município da Caála onde as mulheres acabam se tornando as mais fracas.

“Eles não vêm apenas das aldeias da Caála. Aqui no município vêm do Mangumbala, Catelenga velha e nova, Vicassa, Kangoti e nos arredores do bem morar, mas temos muitos que saem do Ussola, Dango, Belém do Huambo e nos bairros Casseque três até o um. A vida está mesmo difícil mesmo para nós que moramos aqui os vizinhos sem envolvem entre eles em troca de um dinheiro para pagar a renda do apartamento”, avançaram.

Os entrevistados sugerem ao executivo uma intervenção urgente aonde a prioridade deve ser a capital e políticas viáveis em apoio aos agricultores.

  O Factos Diários teve a oportunidade de interpelar mais de cinco cidadãos, nestes, dois confirmaram que as suas mulheres praticam a prostituição para resolver os problemas de casa. O Senhor Augusto, que preferimos não identifica-lo pelo nome completo lamentou que o seu dia-a-dia é trabalhar na areia no Tchingunguma, pequena fonte que separa Ussolo e Saiungui, porém nem sempre se consegue o dinheiro para cuidar dos 11 filhos, por este motivo a mulher é forçada a praticar a prostituição sem envolvendo nas obras do Bem Morar em troca de alimentação e mesmo dinheiro.

“Nós sabemos que as nossas mulheres se prostituem mas não temos reivindicar porque com isso conseguimos ter alguma coisa para sustentar os filhos. Depois dos meus amigos me dar a conhecer, eu tive o azar de flagrar mas considerei normal porque se discute quem dá o bom e do melhor à sua família”, disse tendo acrescentado que a sua mulher não é a única, “se ficar aqui por algum tempo e chamar uma mulher questioná-la quanto custa ou se tem a comida dos mais velhos”, a resposta será sim e o valor varia do preço do quilo de fubá que agora custa 400 kwanzas”.

Os entrevistados culpam o passado ano agrícola que não serviu para produzir muitas toneladas de milho e, por um lado, culpam o executivo não criar políticas no sentido de reduzir os preços de fertilizantes uma vez que as terras encontram-se cansadas.

Enquanto a solução tarda, os homens com uma capacidade financeira vão aproveitar o ponto fraco feminino para atender os seus prazeres sexuais e, se os cuidados de prevenção não fazer parte do vocabulário das mulheres que entregam os seus corpos por causa da fome, as doenças transmissíveis sexualmente podem aumentarem consideravelmente.

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