“Presidente do PDP-ANA para além de ser incompetente político, é ladrão”
Por Isidro Kangandjo
“No final, as contas não batem certo e o dinheiro não é justificado” essas foram palavras proferidas na conferência de Imprensa realizada hoje numa das unidades hoteleiras de Luanda.
Zassala M. Pululu, Secretário-geral do Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana, (PDP-ANA), partido fundado pelo matemático Mfulumpinga Nlandu Victor, em 1991, revela que a gestão danosa tomou conta do partido e, enquanto isso acontece, a força política que mais assustou o partido Estado em 2003 em Luanda, fica sem força.
De acordo com Eng. Zassala Pululu, em 2018, o partido recebeu do OGE, via CASA-CE, 8.049.000 por trimestre e da Assembleia Nacional recebeu em kwanzas 5.449.389,66 perfazendo um total, de até Janeiro de 2019, 42.498.902,16 de Kwanzas.
No relatório de gestão e relatório de balanço do Bureau referente ao período 2016 a 2018 que o Presidente Makazu apresentou aos membros do Comité Central reunidos na terceira sessão, apenas revela ter recebido da CASA-CE 21.799.203 tendo existido um desfalque de 20.699.699,16.
Segundo o terceiro homem do PDP-ANA, que a execução desses valores é catastrófica. “Se essas verbas são destinadas a fazer viver o partido a nível de todo o país, a realidade é que o PDA-ANA já não existe, o que existe é a presença de alguns membros incondicionais seguidores de Mfulumpinga que ainda sonham na refundação do partido”, disse.
Enquanto isto, o partido continua em declínio, sem actividades, os delegados provinciais estão sem qualquer apoio da direcção central e os militantes abandonam as fileiras do PDP-ANA para os outros partidos.
“Os factos não enganam, hoje, em cinco anos de mandato à frente do PDP-ANA, o presidente Simão Makazu apenas visitou duas províncias entre elas, Cabinda e Uíge, apenas organizou duas reuniões do C.C sobre as 10 previstas pelos estatutos”, disse o Secretário-geral.
Apesar do PDP-ANA existir há 29 anos, infelizmente não tem uma estrutura própria e o comité que foi deixado pelo fundador do partido, anda abandonado e transformou-se em foco dos meliantes, preferindo arrendar como sede nacional no Bairro Avô Kumbi pagando o valor trimestral de 300 mil kwanzas.
“Como se não bastasse, no seio da coligação, o PDP-ANA não tem espaço; é único partido com apenas uma província para coordenar enquanto os outros têm entre três a quatro províncias. Simão Makazu não fala nas reuniões do Colégio Presidencial, entra calado e sai mudo”, disse.
Simão Makazu foi também acusado de ser um vazio político, ausente na cena política, apatia no funcionamento dos órgãos do partido do topo à base, inexistente nas estruturas do partido a nível de todo o país, exclusão de quadros, a não realização regular das reuniões dos órgãos de direcção e, prior de tudo, desvio do erário público.
De acordo com o político Pululu, revelou que a incapacidade do Presidente Simão Makazu em organizar as estruturas do Partido a nível de Luanda e das demais províncias, apesar dos planos de actividades de 2016, 17 e 18, elaborado para o efeito, como consequência, o partido não foi capaz de recolher as assinaturas que pudessem permitir a sua participação no pleito eleitoral de 2017. Para evitar a consequente extinção do partido, o secretário-geral, Eng. Zissala M. Pululu, tomou a iniciativa de contacto que culminaram com adesão do partido a coligar com a CASA-CE.
A numa conversa que a nossa equipa de reportagem manteve com o acusado, acabou por negar as acusações mas não conseguiu provar em documentos e nem se quer apresentou as novas sedes provinciais.
Nas próximas edições poderemos trazer outros pontos relacionados com o PDP-ANA.