Oficiais das FAA e da  Polícia acusados de invadir  terreno da Konda Marta

Parece um caso insanável, o caso que envolve o comandante da Polícia Nacional do município de Talatona, Joaquim do Rosário, e o comandante da Guarnição Militar de Luanda, tenente-general Rui Fernandes, e o empresário Afonso Daniel Neto, da Konda Marta.


Por Afonso Eduardo

Ambos oficiais militares e para-militares  continuam a ser acusados pelo empresário e sócio da empresa Konda Marta, de se apropriar de terrenos desta empresa nas imediações da Cidade Universitária, em Luanda, utilizando para o efeito,   homens e meios militares ilegalmente.

Segundo denúncias do empresário, na Sexta-feira, 12, mais uma vez, mandaram carros patrulheiros da Polícia Nacional e da Polícia Militar que detiveram  cinco trabalhadores da Konda Marta, levando-os para parte incerta, quando se encontravam a fazer trabalhos da empresa no respectivo terreno.

O caso de expropriação do terreno,  remonta há mais de um ano, e cada dia que passa a situação toma contornos incontroláveis, com os dois oficiais generais que, valendo-se das patentes que ostentam, desafiam inclusive os órgãos de justiça onde o caso foi apresentado pelo empresário, para possível solução.

Joaquim do Rosário e Rui Fernandes, expropriaram terrenos alheios cedidos a 150 militares, entre órgãos de defesa e segurança, que lhes foi cedido gentilmente por esta empresa, depois de ter solicitada por estes militares, entre soldados, oficiais subalternos e até superiores, para erguerem as suas futuras casas.

“ Nós demos os terrenos aos militares, porque eles solicitaram a nossa empresa, e fizemo-lo de coração aberto”, afirmou Daniel Afonso Neto.

Revelou que no terreno expropriado está a nascer um condomínio dos dois oficiais(Rui e Joaquim), mas que eles alegam ser do ministro do Interior, Eugénio Laborinho, razão pela qual mantém no local meios e homens armados.

O terreno em disputa 

O espaço em disputa é uma propriedade exclusiva da  empresa Konda Marta, cuja superfície a detém há mais 20 anos, segundo documentação a que tivemos acesso.

Na conferência de imprensa, Daniel Neto recordou  que o terreno em disputa, devido à sua localização geográfica, tem sido motivo de querelas, provocadas inicialmente pelo comissário Joaquim do Rosário, que detém também um espaço no mesmo local, que lhe foi cedido gentilmente pela sua empresa.

Segundo o empresário, mesmo lhe ter cedido o referido espaço, ainda assim, pretende expropriar todo o terreno, com argumentos de que é reserva fundiária do Estado.

“Este é um falso argumento apresentado pelo senhor subcomissário Joaquim do Rosário. Aquele espaço é da minha empresa e não é reserva de Estado. Tudo isso é uma história fabricada por ele”, revelou.

Daniel Neto desafiou Joaquim do Rosário a provar a titularidade do terreno como sendo reserva do Estado, acrescentando que está a usar o nome do Estado para se apropriar do mesmo, cuja acção é, segundo ele, arquitectada com um grupo de outros oficiais das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional (PN).

Ameaças de morte 

Devido às denúncias que tem feito na comunicação social, sobre este assunto, tem estado a sofrer ameaças de morte, por parte de Joaquim do Rosário e dos seus parceiros neste negócio.

Denunciou que a sua vida corre perigo todos os dias e tem sido alvo de perseguição e ameaças de morte por pessoas supostamente a mando de Joaquim do Rosário.

Acrescentou que o objectivo é prendê-lo ou assassina-lo para silenciar o caso, que, além de imprensa, tem sido, também, um caso muito badalado nas redes sociais.

Tendo em conta a situação, Daniel Neto pede às autoridades de direito para intervir no assunto que está a tirar sono ao proprietário, bem como aos militares que estão na iminência de perderem os seus terrenos.

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