“Ministra da saúde mentiu. Os hospitais mostram uma outra realidade”

O candidato n°: 03 da próxima convenção do Bloco Democrático,  Américo de Jesus Valentim Vaz, realizou hoje, 23 de Junho do ano em curso, uma conferência de imprensa para falar do estado de Saúde na província de Luanda. Segundo o Candidato, a realidade assistida pelo menos nas quatro unidades sanitárias, não vai de acordo com o relatório da taxa de mortalidade apresentada pela Ministra da Saúde Sílvia Lutucuta.


Por Redação do Factos Diários

“Devemos afirmar que, alguns hospitais de Luanda, não estão em condições de receber seres humanos. É lamentável que se diga isso, mas é a  realidade que vivemos. Poderiam atender outros tipos de seres lá, mas humanos, não! Segundo, existe um nível de receio muito alto da população em ir a um hospital público, porque os mesmos não oferecem segurança ao utente de lá sair com o seu problema resolvido, sendo que, uma noite numa cama de um hospital, pode significar o fim da jornada da vida”, lamentou.

De acordo com a equipa de trabalho do candidato do BD, fez saber na conferência de imprensa que informações que receberam nos hospitais municipais de Cacuaco, Capalanga, Cajueiros e Maternidade da Samba, entre os meses de Abril, Maio e junho, os hospitais chegaram a receber, 52 casos de doenças diarreicas agudas(como cólera) cada, e, contabilizando, registou-se 1.612 casos por semana, e 6.448 por mês. Quanto à malária, nestes três últimos meses, os mesmos hospitais chegaram a receber, em média, 70 casos por dia cada, perfazendo 2.170 casos por semana e 10.840 casos por mês, e uma grande parte destes casos terminaram em mortes.

“A nossa estimativa é que nesta altura já tenham padecido de malária e doenças diarreicas agudas, mais de 100 mil pessoas, só nas zonas periféricas de Luanda”.

O Plano Nacional de Desenvolvimento da Saúde, prevê gastos de 194 dólares para saúde, porém a fonte oficial de Américo Vaz, o Estado tem gasto apenas 49 dólares. Segundo Américo Vaz, Não há, ao nível do Ministério da Saúde, um plano para diminuir o acentuado Défice dos Cuidados Primários de Saúde, que passa pela potencialização dos Hospitais Municipais. Este dilema, de acordo com o político, faz com que muitas pessoas procurem pelas grandes unidades hospitalares,  causando enchentes nestas unidades.

 

Sílvia Lutucuta, disse recentemente que a malária matou, durante seis meses, 5573 pessoas onde as vítimas são crianças e mulheres grávidas. Segundo Américo Vaz, “não é verdade o número que a senhora ministra avançou sobre a taxa de mortalidade em Angola causada pela Malária. A senhora Ministra mentiu porque os hospitais mostram uma outra realidade. Apenas quatro unidades sanitárias tivemos um número assustador, imagina o resto dos hospitais de Luanda e de outras províncias? Os hospitais não têm luvas, seringas e até balões de soro. Esses são problemas antigos, acreditamos serem do domínio público, ainda assim, não existe uma intervenção estatal”, disse.

GOVERNO DE LUANDA NÃO RESPONDEU O PEDIDO DO BD

O Governo da Província de Luanda, na pessoa da Governadora Joana Lima, é acusada de impedir, a todo custo, a presença da equipa nos hospitais com o medo de ser destacado a realidade dos hospitais da capital. “Temos em mão a cópia protocolada da carta, que endereçamos ao  Governo da Província, mas ela até agora não deu nenhuma satisfação”, disse.

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