Militante do MPLA no Bié manda recado aos camaradas em Cabinda para “não estragarem o que está bem”

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O ambiente político entre os camaradas na província de Cabinda regista há duas semanas um clima não salutar, causado por supostos adversários internos do partido, que não vendo satisfeitos os seus intentos de continuar  a lapidar os recursos alocados à província, exigem o  figurino de Luanda para o MPLA em Cabinda.


Por Afonso Eduardo

Segundo uma página bastante lida pelos cabindenses, os militantes  estão possivelmente preocupados com o actual estado do partido em Cabinda e   defendem que é preciso encontrar saídas o mais rápido possível para que o MPLA volte a ser mais forte na região. A Página diz que recebeu desses militantes propostas de nomes que podem ocupar o cargo de primeiro secretário como José Francisco Puati, Artur do Carmo, António Mingas, Pedro Sia, Vicente Télica e Odeth da Cruz.

Segundo  Joel Muaca, militante actvido do partido, esses que querem o figuro de Luanda para Cabinda, estão “arrasca” porque o actual Primeiro Secretário não dá facilidade para roubos. “Constantemente avisa que quem tentar praticar actos ilícitos na governação, vai assumir as consequências. E habituados ao passado, não estão satisfeitos com o rigor da actual Direcção do partido” rematou o nosso interlocutor.

Depois da sua publicação, a matéria gerou muito descontentamento por parte de militantes do MPLA em Cabinda, Luanda,  Benguela e Bié. Rosa Tchaluca uma militante do Bié que viveu em Cabinda, apelou à coesão entre  os camaradas  naquela região para a vitória do MPLA em 2022.

A militante do MPLA,  natural do Bié, pede aos militantes no sentido de não exporem assuntos internos nas redes sociais sobretudo quando se trata de mentiras. “Sempre os Cabindas que mais escrevem? Sempre as mesmas pessoas na confusão? Não usem as redes sociais para exporem assuntos internos do partido, muito menos, quando querem atingir as vossas sobejamente conhecidas ambições de chefia, sob o prejuízo do Partido na Província”, avançou.

A Senhora Rosa lembrou que esta não é hora de fomentar o crónico problema de tribalismo e de lutar pelos lugares. A militante, pede que o partido se torne um só corpo e  os militantes trabalharem arduamente para a inversão dos resultados das últimas eleições. “Só tiveram aqueles resultados, fruto de intrigas como essas que querem voltar a colocar em acção no seio do partido. Isso não é coisa de militantes de base. Esse apetite pelos cargos é de Membros do Comité Provincial e da Comissão Executiva”, Concluiu.

O Factos Diários, teve informações oficiais junto de um braço direito do Governador cessante e primeiro Secretário do MPLA em Cabinda, Eugénio César Laborinho que a atitude de alguns militantes daquele Comitê provincial, tem causado o fracasso naquilo que são os grandes objectivos e projectos políticos do partido. “A fabricação de informações contra a figura do líder máximo do partido é antiga. A Camarada Aldina da Lomba já passou nessa situação, por isso, é necessário haver um trabalho de sensibilização e explicar aos demais que para se alcançar uma função, quer no partido, quer no Governo, é preciso reunir qualidades e não apenas possuir o cartão de militantes”, lembrou.

A nossa equipa de reportagem contactou o DIP de Cabinda no sentido de apurar mais dados em torno do assunto, infelizmente não tivemos sucesso.

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