Kalunga ao serviço do MPLA no CNJ tem o apoio dos líderes juvenis na oposição

Tudo indica, que os jovens dos partidos políticos ouviram a intervenção de Tingão Mateus, presidente cessante do CNJ proferida numa conferência de imprensa realizada no dia 25 de Agosto deste ano. “Se o MJD e os parceiros não têm condições logísticas para realização da Assembleia, qual é a origem da logística que se está usar para a realização da Assembleia? Ou melhor, quem está a patrocinar financeiramente a realização da Assembleia? Devemos que conhecer a proveniência destes recursos, uma vez que a sua origem não é de fonte oficial”.


Por Isidro Kangandjo

As organizações juvenis dos partidos políticos na oposição, quer outros grémios juvenis, esquivam-se da honestidade para se renderem ao Isaías Domingos Kalunga Presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) eleito no dia 27 de Agosto do ano em curso com 94,7%. Apesar da juventude dos partidos políticos dominarem a missão do militante do MPLA e agente das forças de segurança, os mesmos, dão ouvido de mercadores pensado apenas naquilo que os unem. As regalias dos jovens militantes.

O Factos Diários sabe de fontes seguras que a candidatura de Isaías Kalunga teve o apoio incondicional do irmão do presidente da República, Cerqueira João Lourenço, durante a sua campanha, várias denuncias foram colocadas ao público sobretudo o compromisso que o MPLA pretendia com o jovem nos destinos do CNJ, tanto é que a sala do Centro de Convenções do Talatona, onde foi realizado o congresso, o GREJA, Brigada 28 de Agosto e Brigada Jovens de Literatura, denunciaram há quatro meses o apoio incondicional do Secretário geral do MPLA, Paulo Pombolo.

O que preocupou outros jovens incluindo militantes de diferentes partidos políticos, é o silêncio dos dirigentes da JURA, JPA, JURS e JFNLA, que simplesmente ignoraram as irregularidades anunciadas durante o congresso. A juventude dos partidos na oposição, estão de mãos dadas com o homem que está ao serviço do MPLA, uma atitude que reflete o tipo de militantes seniores que esses partidos esperam.

“O que precisamos é um dirigente que atende as nossas preocupações. Nós vamos apoiar a pessoa que aceita os nossos acordos”, confidenciou, em Outubro, um dos membros da Juventude Patriótica de Angola, JPA, braço Juvenil da CASA-CE.

Quem também se revoltou foi um dos secretários municipal da JURA braço juvenil da UNITA em Cacuaco, que confessou, o único compromisso que a Juventude Unida Revolucionária de Angola tem com o CNJ é a questão de residências que, conta ele, são distribuídas aos indivíduos de confiança. “Os nossos líderes ainda estão muito longe para agir, não acreditei no silêncio do maninho Agostinho Kamwango”, disse.

 

Tendo em conta as irregularidades no processo eleitoral, no dia 20 de Outubro, advogado da Brigada Jovem de Literatura de Angola, Dr. Lusaico Fernando Alberto, efectuou junto do Tribunal Provincial de Luanda, a entrega de providência cautelar para anulação da Assembleia Ordinária do Conselho Nacional da Juventude. O processo não teve pernas para andar por razões alheias.

No dia 13 de Junho deste ano, foi realizado na capital do país, município de Viana as eleições do CPJ para eleger o representante da província onde o vencedor foi o senhor Isaías Kalunga. Ao concorrer no cadeirão máximo do CNJ, segundo o presidente cessante, a UNE-Angola deveria antes solicitar a substituição do seu representante que foi eleito a nível do CPJ-Luanda, o não procedimento, viola o art. 71º dos estatutos do CNJ.

“Por imperativo estatutários, a UNE-Angola está impedida de concorrer ao Pleito Eleitoral e, como se não bastasse, a mesma e as demais integrantes que a servem de base de apoio, não pagaram quotas”, disse Tingão Mateus.

Essas e outras reclamações levantadas na altura, foram ignoradas aos dirigentes das organizações juvenis dos partidos políticos na oposição. Quando tudo parece sério, no fundo, a política aparece como um jogo de interesse enquanto os jovens inocentes reclamam aquilo que os seus superiores hierárquicos tomaram de assalto. Uma questão que não se cala: onde moram os secretários nacionais e o seu corpo directivo das forças juvenis dos partidos na oposição?  

Sobre a imoralidade juvenil não é tudo. Ainda tem mais…

 

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