“JLO tem como trunfo da sua governação a realização das autarquias”

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Fernando Sakwaela Gomes Coordenador do PROJECTO AGIR, professor e activista Social, disse essa semana, ao Factos Diários, que a realização das autarquias são dos poucos trunfos que o presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço tem para se lançar como um actor do poder local uma vez que, segundo conta, o estadista encontra-se no prazo quase vencido e sem políticas visíveis senão psicológicos. 


Por Isido Kangandjo

Sakwaela entende que o presidente João Lourenço, tem uma governação bastante possível dentro de um contesto bastante difícil mas, o mesmo, deve fazer mais. “O Presidente já está no prazo quase vencido, está há três anos, na minha opinião pessoal, o presidente conseguiu gerar novo entusiasmo, em termo do estado o Presidente conseguiu catapultar as esperanças dos angolanos para um ideal de realização melhor, mas, essa concretização residente apenas no plano psicológico e as questões psicológicas evoluem rapidamente, pelo que, não tem nenhuma garantia ao Presidente da República, que lhe dá acesso para victória em 2022”.

O coordenador e activista cívico, entende que era necessário que houvessem realizações materiais concrectas, no seu entender, o presidente só lhe resta um trunfo para revitalizar a sua auria enquanto estadista que é a apresentação de uma calendarização da realização das eleições autárquicas.

“O presidente deve ter coragem de partilhar o poder, deve ter coragem de entrar na política contemporânea de Angola pela porta grande e que não deve temer os elementos contrários quer na sua cúpula quer fora da sua cúpula, que o leve acreditar que as autarquias locais não terá um ganho para ele. Pelo contrário, será um dirigente que aprofundou a democracia participativa, permitiu a realização dos anseios da juventude que é participar na vida pública activa através das autarquias locais. Também, Poderá mostrar, de forma honesta as praças fortes de cada uma das organizações políticas”, disse.

Nosso entrevistado conta que se o presidente da República apresentar a data da realização das eleições autárquicas,  o Projecto AGIR, dentro da plataforma maior que é “Movimento Jovens Pelas Autarquias”, poderá ter submetido ao Executivo, Grupos Parlamentares, Ceastes e Embaixadas, um cronograma de acções que levaria a conclusão do pacote autárquico dentro de 2021.

“Nos primeiros meses estaríamos a constituir a comissão multissectorial encabeçada pelo MATRE ou uma outra instituição que esteja em condições de elaborar o cartão do munícipe. Se em Fevereiro se conclua com o cartão do munícipe. Até Março ou Abril, o presidente fica na obrigação de convocar as eleições autárquicas à luz da Constituição num espaço de três messes, assim, teríamos o mês de julho como o mês indicado para a realização das eleições autárquicas em Angola”, sugeriu o activista e académico.

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