Empresário Minoru Dondo responde má entedido. “Querem prejudicar a minha imagem e a reputação”
Diante das recentes notícias veiculadas envolvendo o nome do empresário Miroru Dondo, enviou uma nota para dar conhecimento aos seus parceiros, com quem mantem relações comerciais. Na nota a que o Factos Diários teve acesso, o empresário esclarece que no dia 19 de Junho de 2021, a Deputada do partido UNITA Mihaela Webba, divulgou através da sua conta pessoal mantida junto ao Facebook, a reprodução da matéria intitulada “Dono da MACON é alvo de operação que investiga desvio de USD 45 milhões do BNA”, que associa o nome do empresário à prática de crimes.
Por Afonso Eduardo
SEGUE A NOTA
Entendemos que a referida Deputada foi mal informada acerca da actualização dos factos apresentados, em especial por se tratar de uma reprodução idêntica de uma matéria publicada em 15 de Junho de 2017, ou seja, mais de quatro (4) anos depois, no jornal brasileiro “O Globo”, como se faz prova abaixo:
Ademais, diversas das acusações tecidas na reportagem acima referida foram publicadas em matéria jornalística de Dezembro de 2011 (há quase 10 anos atrás), já amplamente investigadas, tanto em Angola, como no Brasil, tendo as mesmas sido arquivadas, visto que restou provado que não pratiquei qualquer ilícito criminal.
Buscou-se identificar a citação da fonte da reportagem originaria bem como alguma menção ao desdobramento do tema ali veiculado, inexistindo qualquer informação nesse sentido, a ter possivelmente, induzido os leitores ao erro, o que temos certeza ter ocorrido de forma involuntária, por parte de V. Ex.cia, fazendo-os acreditar se tratar de uma matéria actual.
Considerando que a matéria foi partilhada 569 (quinhentas e sessenta e nove) vezes, até o dia 21 de Junho de 2021, a partir da vossa pagina mantida junto do Facebook, e considerando a grande notoriedade da Exma. Sra. Deputada, urge, por parte do notificante, promover os esclarecimentos que se seguem.
A matéria em questão menciona que fui alvo da Operação Le Coq, realizada pela Polícia Federal brasileira, que, a pedido da justiça francesa, promoveu condução coercitiva de pessoas a si relacionadas, busca e apreensão de bens, para fins de investigação, pelo Ministério Público Federal brasileiro, do uso de intermediários em contratos entre o BNA e a empresa francesa Oberthur, contratada para a produção de papel moeda, do qual teria resultado o pagamento de USD 45 milhões em favor deste Notificante e outros, a título de comissão.
A publicação da matéria antiga e totalmente desactualizada, sem qualquer referência aos factos actuais, além de causar confusão ao leitor desinformado, resulta na lesão à imagem de minha pessoa, ao associar-me a condutas que podem ser classificadas como crime, mesmo achando-se o tema esclarecido perante o sistema judiciário.
Importante ainda mencionar que a busca e apreensão ocorrida no Brasil, objeto da reportagem ora em referência, em cooperação ao Sistema Judiciário francês, veiculado através da matéria, foi declarado, pela mais alta corte brasileira, como nula de pleno direito, com decisão transitada em julgado (ou seja, não passível de qualquer recurso), o que já foi esclarecido nas esferas competentes.
A reprodução da matéria tem, portanto, o único intuito de lesar a minha imagem, o que afronta a lei de imprensa e pode configurar crime, o que já foi submetido à apreciação da Procuradoria-Geral da República, uma vez que não é a primeira ocasião em que se verifica essa reprodução sistemática de matéria lesivas a minha imagem e reputação.
Através de carta protocolada junto ao Gabinete da Sra. Deputada, prestou-se igualmente, os esclarecimentos que constam dessa comunicação, solicitando-se ainda, que a mesma, promova a publicação dos mencionados esclarecimentos, para que assim, entregue aos leitores uma informação verídica e completa.
Em resumo, não há nada que desabone a minha conduta, inexistindo qualquer decisão judicial desfavorável ou que me atribua condutas imorais ou ilegais, e nem qualquer investigação em curso.
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