David Mendes preocupado com gravidez precoce e fuga à paternidade
O Jurista e Deputado David Mendes, mostra-se preocupado com o número de adolescentes que se engravidam nas idades compreendidas entre os 12 e 17 anos. A insatisfação foi apresentada no município de Cacuaco, na escola de Saúde Vassovava durante uma abordagem com os estudantes sobre a importância do empreendedorismo e consequência da gravidez precoce.
Por redação do Factos Diários
Nos últimos, sobretudo nas zonas mais afectadas pela fome e a seca, é visível o número de adolescentes que procuram os serviços da maternidade. O jurista entende que as principais causas do crescente número de gravidez precoce tem que ver com os factores socioeconómicos, no difícil acesso à informação sobre a puberdade e sexualidade por parte dos pais, escolas e instituições responsáveis.
“Demos uma aula motivacional para os jovens que sonham com o empreendedorismo, para as meninas, particularmente, que reflictam sobre a gravidez precoce e, acima de tudo, que apostem nelas mesmas para que tenham um futuro melhor. Sabe que as mulheres são as mais discriminadas e quando têm filhos precocemente piora o seu estado”, disse o jurista.
David Mendes entende que é urgente mudar o quadro actual para as mulheres tenham uma intervenção social muito mais ampla. “O país regista adolescentes de 12 a 14 anos que ficam grávidas com outros adolescentes e estas pessoas não têm responsabilidade na paternidade, o essencial é que os adolescentes se acautelem para não se fazer os filhos muito cedo e evitar assim fuga à paternidade”, alertou.
Na província do Cunene, em 2019, de Janeiro a Maio, registou 917 casos de gravidez precoce, já em 2021, mais de três mil adolescentes ficaram grávidas e a estatística preocupa as unidades sanitárias locais.
“Uma rapariga a que o ciclo menstrual aparece entre os dez e os 11 anos de idade, em primeiro lugar vai deixar de crescer, porque a hormona de crescimento vai ser substituída pela hormona sexual, logo, aumenta o interesse pelo sexo oposto”, sublinhou, em 2019, Eurídice Chongolola.