CORRUPTO E O CORROMPIDO: UNITA engoliu os 22 milhões de kwanzas de Bento Bento
Faz agora três meses desde que foi anunciado numa conferência de imprensa a entrega dos 22 milhões de kwanzas que a UNITA confiscou após uma tentativa de aliciamento de militantes seus pelo MPLA junto do Tribunal Constitucional. De um tempo a esta parte, Nelito da Costa Ekwikwi quer o Secretário Geral da UNITA, Dr. Álvaro Chikwamanga mostram-se calados.
Por Isidro Kangandjo
Eram no total 9 autocarros lotados com os militantes da UNITA, concentrados no campo da Cidadela desportiva cujo orientação vem do MPLA onde Kawiki Sampaio da Costa foi apontado como sendo fiel mandatário de Bento Bento para a entre dos 22 milhões de kwanzas para corromper os maninhos.
Informações confidenciais a que o Factos Diários teve acesso no dia 15 deste mês, apontam que alguns elementos ligados ao Secretariado provincial do MPLA terão convencidos pessoas de proa do MPLA no sentido de não efectuar devolução do valor para que a imagem de Bento Bento não fosse manchada por este estar, na altura, dois meses ao cargo.
As outras informações revelam também que internamente a UNITA chegou numa conclusão de não devolver os valores por ser do fundo público. Albertina Navemba Ngolo quer Mihaela Webba, anunciaram várias vezes que “se um dia o MPLA oferecer o dinheiro não pode ser devolvido por ser nosso. Vocês não podem votar a pé”.
O activista e professor Nuno Álvaro Dala afirma que a população em geral quer uma explicação sobre o paradeiro dado aos 22 milhões de kwanzas supostamente aprendidos pela UNITA.
“Da mesma forma como a UNITA, explorou esse facto em termos de marketing e publicidade, devia também explorar e dar publicidade às fases a posteriori, quer por uma nota, quer através de uma conferência de imprensa, para explicar que no dia x, no mês y, a UNITA, depois de ter arrebentado com uma tentativa de corrupção do dinheiro do regime, pegou no dinheiro contou e entregou à PGR”, afirmou Dala lembrando que “essa medida foi anunciada inicialmente pelo partido do galo negro”.
Bento Bento sempre negou ser o principal autor dos 22 milhões kwanzas, mas pessoas internas do MPLA, inclusive membros do Comité Central, confidenciaram ao FD que o partido terá disponibilizado 50 milhões de kwanzas para repartir em dois grupos, um da Quiçama e outro do Palanca e o restante serviria como comissão dos indivíduos que conseguiram de mobilizar militantes da UNITA.
