Conflito que dura 18 anos entre Irmãos Kimbanguistas pode chegar ao fim
Kisolokele Kiangani Paul, líder da Igreja Kimbanguista em Angola, disse recentemente à imprensa sobre o encontro que manteve com outros irmãos descontentes na República Democrática do Congo e traçaram a terceira tentativa de reconciliação para acabar com o conflito que existe há 18 anos.
Por Isidro Kangandjo
O dirigente do Simon Kimbanguista conta que a igreja é uma obra divina mas animada pelos homens e onde há homens há desentendimento, a sociologia dá razão ao argumento do representante, entretanto, é necessário que exista uma solução para redimir o conflito. 18 Anos depois com as conversações falhadas, tudo indica que o júbilo será dado com alegria.
“Todos sabem que a igreja está a viver uma terrível crise que dura 18 anos e eu como líder, estou muito triste ver uma igreja grande com a dimensão mundial atravessar a crise dessa dimensão”, disse o líder.
Neste momento, a igreja está a procura de meios para se chegar numa reconciliação definitiva, o líder Kisolokele Kiangani Paul, Esteve na RDC no mês de Abril e regressou em Maio do ano passado na tentativa de encontrar a resposta.
Simon Kimbango é um património Nacional e Mundial daí urge a preocupação do Chefe Estado da República Democrático do Congo, Felix Tshisekedi de marcar uma audiência com os irmãos e netos do fundador onde irão abordar assuntos atinentes à reconciliação da família Kimbangu e da Igreja Kimbanguista em geral. Audiência está sem data mas tudo indica que a reconciliação poderá acontecer num futuro próximo.
O líder, conta que a tentativa de reconciliação não acontece pela primeira vez, em 2003, o governo angolano, através do antigo Chefe Estado José Eduardo dos Santos, tinha enviado uma carta de reconciliação. Papá Paul, foi recebido mais uma vez pelo actual Presidente da República de Angola, o General e historiador João Manuel Gonçalves Lourenço, 06 de Julho de 2017, onde o Chefe Estado pediu que o conflito entre os irmãos da Igreja estivesse ultrapassado.
O o Portal Factos Diário, procurou saber do representante o causar da divisão entre os irmãos, o mesmo, respondeu que se sente ultrapassado demais dizer aonde está a culpa e quem está a bloquear a reconciliação porque isso, segundo conta, “não vai nos ajudar em nada. A crise é como doença, vem de repente e às vezes para curar leva muito tempo, por isso, peço também a contribuição dos jornalistas para serem objectivo e isso ajuda muito no reencontro da família Kimbangu porque o contrário acaba por criar frustrações e rivalidade entre os irmãos. Os jornalistas jogam um papel muito importante na unidade”, apelou.
A igreja Kimbaguista existe desde 1926, no qual o fundador teve apenas seis meses de trabalho missionário e ficou preso durante trinta anos. A Igreja foi reconhecida oficialmente em 1974, através da declaração da secretaria do Estado da justiça, da junta governativa do governo-geral de Angola e foi confirmado pelo ministério da justiça da República Popular de Angola através do decreto executivo nº 9/87 de 24 de Janeiro de 1984. A Igreja Kimbanguista é hoje uma vaidade continental espalhado em 38 países do mundo.