Activistas no Cuanza Norte dizem conhecer João Gaspar e pedem seriedade, imparcialidade e nova dinâmica

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Durante uma entrevista ao Factos Diários, o activista Gutembergue Pereira Matias, em nome dos activistas da província do Cuanza Norte, fez saber que conhece o novo inquilino da província e não tem dúvidas de que o Governador tenha o domínio da situação real enquanto membro responsável do Grupo de Acompanhamento e pede mais seriedade, imparcialidade e nova dinâmica.


REDAÇÃO DO FACTOS DIÁRIOS

“A Província do Cuanza-Norte, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas, é a segunda menos populosa, depois do Bengo. Se João Diogo Gaspar quiser marcar a vida dos kwanzanortenhos, terá de introduzir uma nova forma de governação. Ser sério, imparcial e servir todos, ao invés de ficar preso no partido e seus militantes. Ser governador não pressupõe vingar-se dos cidadãos, proporcionando má qualidade de vida, deixar os quadros à deriva por conta das ideologias partidárias ou outras convicções”, recomendou.

Activista mais influente naquela província, deu recado de que Cuanza-Norte já não é a mesma Província de 15 anos atrás, tendo em conta que as pessoas evoluíram muito, do ponto de vista da conscientização e defesa dos seus direitos.

PROBLEMAS APRESENTADOS

Gutembergue Pereira Matias apresentou vários problemas que a província atravessa, desde a energia e águas, saúde, Educação, desemprego bem como a solução dos problemas que antigos combatentes e Veterano da Pátria atravessam. Informou que os preços da Energia e Água não são unificados e apresentou como exemplo o município de Cambambe-Dondo, na qualidade de produtor, transportador e comerciante de electricidade, os seus munícipes pagam até 7 mil kwanzas mensalmente por residência normal.

Alertou que se faz importante resolver prioritariamente esta disparidade. Quanto à Saúde nas comunidades, o activista revelou que quase que nenhum posto médico funciona e entende que o Governo deve pautar por uma saúde preventiva, e não simplesmente curativa.

Lamentou um facto grave de ainda existirem municípios sem Hospital há mais de 10 anos, exemplificando o município “Cambambe-Dondo”. Acrescentou que “a província tem escolas paralisadas há muitos anos e as que funcionam não têm carteiras suficientes, mas que, no âmbito do PIIM, vão aparecendo obras de raiz; porém com interesses inconfessáveis.”

A outra preocupação, que apoquenta o activista, tem que ver com os programas direccionados à juventude, na maior parte, conta o activista, são exclusivamente para os militantes do MPLA uma situação que deve ser corrigido com o surgimento do novo governador que é, por sinal, um jovem que conhece as necessidades primárias de outros jovens.

JOÃO DIOGO GASPAR/Governado de Cuanza Norte

1- Infância e adolescência (não há esperança para estas pessoas, principalmente nas comunidades onde não há sonhos nem ambição, tudo porque os serviços sociais não chegam até aí). Precisa-se de uma política voltada ao Círculo de Interesse (orientação vocacional)…

2-Antigos combatentes e veteranos de guerra (é uma classe esquecida, ninguém os advoga junto das autoridades). Era necessário dar mais dignidade aos nossos mais velhos;

3-Habitação (não temos, até hoje, nenhum municipio com a efectivação das centralidades). Várias foram as promessas de que teríamos a centralidade de N’dalatando, antes de 2022. – Nada vemos!

4- Cultura (os nossos artistas não são valorizados). Por conta dos problemas sociais que vivemos, quase que não temos uma identidade própria, e os governantes que podiam assegurar isso, andam aí a assistir a nossa desgraça…

5-Vias de acesso: o governador João Diogo Gaspar terá de ser um ousado, paciente e visionário. Caso não, será um falho… nós temos vias secundárias e terciárias das mais péssimas do país.

6-Expectativas: Ver a minha província no ranking das melhores do país. Nós já fomos, na década 60, 70, 80 o terceiro parque industrial do país. Também, fomos a cidade comercial da colónia portuguesa, município de Cambambe-Dondo. O que nos restou!? – NADA! A SATEC não emprega, a EKA fechou e desempregou centenas de pessoas (jovens e pais de famílias).

Para terminar, o Governador João Diogo Gaspar tem um desafio muito grande. Não será fácil para ele, mas, se tiver um propósito, nada impedirá de se dar bem nessa nova empreitada. Nós, enquanto cidadãos livres, vamos escrutinar todos os actos dele enquanto gestor da nossa coisa pública.

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