“A crise interna na Coligação não teve mão invisível do MPLA” confirmou o líder da CASA-CE
A capacidade de leitura e interpretação do Líder da CASA-CE, Dr. Manuel Fernandes, em relação aos fenómenos sociais, económicos e políticos em Angola foram postos à prova, na conversa exclusiva mantida ao princípio da noite desta segunda-feira, 24, com os promotores do projecto de cidadania 360° PODCAST.
Por Redação do Factos Diários
Longe da linguagem verbal excessiva desprovida de tato, usada por muitos atores políticos na descrição da situação social dos angolanos, o Líder da CASA-CE, Dr. Manuel Fernandes surpreendeu pela positiva ao responder com verdade, patriotismo e sentido de Estado a bateria de perguntas a que foi submetido.
Questionado sobre uma possível presença do agente desestabilizador de costume na crise politica interna dentro da Coligação, Manuel Fernandes, do alto da sua honestidade política, revelou, que não houve mão invisível do partido MPLA na crise que empurrou a Coligação à rotura, há 3 anos. “A crise vivida na Coligação resultou da sua própria dinâmica interna, em que os seus vários actores não conseguiram alcançar o consenso esperado sobre matérias de elevada sensibilidade,” afirmou.
Durante cerca de uma hora de intensa conversa ao vivo a partir dos estúdios da Camunda_News, Manuel Fernandes viu-se obrigado a tecer esclarecimentos sobre o congelamento da função de Vice-presidente para os Assuntos Eleitorais, exercida por Justino Pinto de Andrade, Presidente do Bloco Democrático, partido membro da CASA-CE. “Não faz qualquer sentido o BD estar engajado numa frente de concertação política, que pode resultar na sua participação às eleições gerais, num outro formato, fora da CASA-CE, e, ainda assim continuar a dirigir a área eleitoral da Coligação, quando não sabe ao certo se vai ou não concorrer como membro da CASA-CE às próximas eleições gerais. “Seria um infantismo político de todo tamanho estarmos de braços cruzados diante desta realidade, que pode vir a pôr em causa toda estratégia eleitoral da Coligação. “À partida todas as forças políticas irão concorrer entre si nas próximas eleições, logo é imperativo não esteja sob alçada de quem amanhã poderá concorrer connosco,” sublinhou o Líder da CASA-CE.
Indagado sobre a sua visão política em relação à Frente Única, Manuel Fernandes disse, que não acredita que o maior partido na Oposição, com forte tradição na conservação do sua matriz política, aceite diluir os seus símbolos em prol de uma susposta Coligação seja com que força política for. “De qualquer das formas, nós CASA-CE estamos e sempre estaremos abertos para exercício patriótico de concertação com as outras forças políticas na Oposição, rematou Manuel Fernandes.
Da vida interna da Coligação, passado, presente e futuro, à situação social, económica e política vigentes no país, a entrevista exclusiva conduzida por jovens patriotas e esclarecidos como Gangsta, Isidro, Nsisa, Pick e Prof Mavenda, cujos pontos de maior valor noticioso vamos continuar a reproduzir nesta plataforma, foi uma verdadeira prova de fogo à capacidade de leitura e interpretação do economista Manuel Fernandes, que com serenidade e humildade assinalaveis surpreendeu pela positiva o exigente batalhão de interlocutores.
A próxima intervistado solicitem o Luca Ngonde sobre a sua resistência de se manter na lederanca da FNLA.