Fábrica de óleo do motor intoxica centena de moradores em Cacuaco
Moradores do bairro Caop, Município de Cacuaco, sentem-se ameaçados com fumo e cheiro da fábrica que produz óleo do motor. Empresa de refinação de óleo industrial, chamada por Tchakwanda comércio geral LDA Lubrificante ANGO LUBRI, ligado ao grupo Ango Jordan fábrica de oxigénio, é a pontada de ser o principal autor.
Por Afonso Eduardo
Segundo os moradores vizinhos da fábrica, alegam que as autoridades do município quer a inspeção da saúde, estiveram no local no sentido de resolver. Passado dias e meses, infelizmente não recebem uma informação satisfatória para manter a saúde da comunidade.
Senhora Teresa José, moradora há 6 anos, conta que na calada da noite a sua casa fica abafada com o fumo da fábrica e os filhos apresentam sintomas no peito e problema de visão. A mesma preocupação foi avançada por mais de 15 famílias.
Uma informação a que a nossa equipa de reportagem teve acesso, os responsáveis da empresa têm vindo corromper a Polícia Nacional, Inspeção de Saúde e técnicos ligados a indústria com a finalidade de continuar a prejudicar a população.
“Um dia não acordaremos mais, estaremos secas. Nos últimos dias, cada vizinho deve vigiar o outro pela manhã com medo de não mais acordar por causa da intoxicação. O pior é que a empresa polui o ambiente aos olhos impávido da administração de Cacuaco, pois a empresa que produz lubrificante espalha uma fumaça misturada com cheiro insuportável que pode causar danos incalculáveis à vida dos habitantes, trabalham até às noites, o que leva as pessoas a temerem pela vida, pois nunca se sabe se vamos acordar ou não”, lamentou.
O sociólogo José Ventura, falando ao Factos Diários, conta que as indústrias não devem ser montadas nos perímetros habitacionais e teme pela gravidade da saúde pública. Pelas características do referido bairro, parece que foi projectado pelo governo para urbanização social, neste caso, não se justifica que empresários em sãs consciências venham implantar um projecto que venha produzir substâncias nocivas em localidade habitada. Por outro lado, não se entende, ainda, como a administração municipal de Cacuaco, o Governo Provincial de Luanda e até o Ministério do Ambiente e o da Indústria permitiram que projecto de então natureza fosse implantado em zona habitada”, disse o sociólogo.
A nossa equipa contactou a direcção da empresa em causa e prometem se pronunciar oportunamente.