Igreja Universal do Reino de Deus considera falsa declarações do INAR
O legal representante da Igreja Universal do Reino de Deus, IURD, Bispo António Miguel Ferraz, reagiu este sábado, 23, o comunicado de imprensa elaborado pelo Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos “INAR”. O dirigente considera falsas as justificações e confirma que o INAR sempre foi informado nas alterações dos estatutos.
Por Isidro Kangandjo
No dia 22 do mês e ano em curso, o Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, produziu um comunicado em que “declara” ilegal a alteração dos Estatutos e a eleição dos novos titulares da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho de Direção da IURD Angola, aprovadas na sua 33.ª Assembleia Geral Extraordinária que teve lugar no dia 4 de Junho de 2021.
Em resposta, de acordo com o comunicado a que o Factos Diários teve acesso, avança que no dia 21 de Outubro do corrente ano, a Igreja Universal do Reino de Deus, comunicou ao INAR a alteração dos Estatutos e a eleição dos novos titulares da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho de Direção da IURD Angola aprovadas na sua 33.ª Assembleia Geral Extraordinária que teve lugar no dia 4 de Junho de 2021. Depois de comunicar, os Estatutos da IURD e a acta através do qual aprovados, foram publicados em Diário da República, III Série – n.º 155, de 7 de Outubro de 2021.
A Igreja Universal do Reino de Deus, detalha ainda que a Igreja deu entrada no passado dia 16 de Abril de 2021, de uma providência cautelar de suspensão de eficácia de duas decisões praticadas pelo Director do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, Francisco de Castro Maria, processo que corre seus termos sob o n.º 152/2021 na Câmara do Cível, Administrativo, Fiscal e Aduaneiro do Tribunal Supremo.
Por força da entrada em juízo da referida suspensão, encontram-se suspensos decisão pela qual foi decidido que a Assembleia Geral de 13.02.2021, levada a cabo pela autointitulada Comissão de Reforma da IURD, foi legitima e pôs termo à conflitualidade existente no seio da IURD entre a autointitulada Comissão de Reforma e os legítimos e reais membros dos órgãos sociais que representam legitimamente a IURD, reconhecendo os membros da referida Comissão como legítimos representante da IURD;
(b) Decisão, consequente da anterior, por intermédio do qual foi autorizada a devolução dos templos da IURD aos membros da autointitulada Comissão de Reforma.
“Significa também que todos os órgãos, agentes e funcionários do INAR, deverão abster-se de qualquer acção ou comportamento que, directa ou indirectamente importe o reconhecimento da autointitulada Comissão de Reforma ou algum dos seus membros como representante da IURD e, de igual modo, deverão empreender todos os actos, comunicações, avisos, informações e denúncias às autoridades policiais de investigação e criminais que se mostrem necessárias para impedir que a autointitulada Comissão de Reforma (ou algum dos seus membros) pratiquem qualquer acto ou comportamento que importe a intromissão nas actividades administrativas e religiosas da IURD”, disse o comunicado da Igreja Universal.
A IURD Angola promete continuar a adoptar todas as medidas necessárias para pôr cobro à actuação ilícita daqueles que se intitulam de “Comissão de Reforma da IURD”, na convicção de que as autoridades administrativas e judiciais da República de Angola não deixarão de fazer respeitar a lei e a Constituição, bem como os Estatutos da Igreja, permitindo que a estabilidade possa regressar ao seio de uma instituição que está há quase 30 anos ao serviço de Angola e das suas populações.