CASA-CE: Lentidão dos partidos coligados pode adiar objectivos de Manuel Fernandes

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O Presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola- Coligação Eleitoral, Manuel Fernandes, tem, a partir de agora, autoridade de questionar o verdadeiro papel dos partidos coligados e a forma que está a ser gerido esses valores.


Por Afonso Eduardo

Quando se está a questionar o trabalho dos partidos coligados na CASA-CE, em alguns casos gera polémica. O Factos Diários sabe que muitos destes partidos, infelizmente não apresentam representações nem mesmo estruturas nas 18 províncias do país. Esta realidade, pode massacrar de forma assustadora a CASA-CE que pretende alcançar o poder em 2022.

Para alguns, os partidos coligados muito deles são simplesmente comerciantes políticos que pouco ou mesmo nada estão interessados em ter a CASA como um caminho para a alternância política. Ficou confirmado pela equipa do Factos Diários que depois do Bloco Democrático, PALMA e um pouco PNSA, já não existe um outro partido que tem pelo menos 30% de representações no interior do país. Em Luanda por exemplo, nem mesmo a própria coligação tem estrutura em todos os municípios por falta de apoio. Na província do Moxico, a CASA-CE tem estrutura apenas no município sede e no Luacano.

Os partidos coligados, na sua maioria, nem se quer enviam o dinheiro aos seus representantes nas pequenas províncias que os restam como é o caso do PADDA-AP no Kwanza-Norte e PPA na província do Uíge e Zaire. Esses partidos, faz tempo que não enviam o dinheiro mesmo tendo recebidos trimestralmente mais de oito milhões de kwanzas.

Apesar dos jovens e o Presidente apresentar a vontade de atingir as espectativas traçadas para o ano 2022, ainda é visível o espírito de “chefes preguiçosos” que mostram-se simplesmente interessados com os valores arrecadados três em três meses ignorando o trabalho para o crescimento da Coligação.

Para alguns políticos na Coligação, entendem que os 198 milhões de kwanzas que a coligação recebe, se não fosse repartido em partidos políticos, dava para preencher um vazio e arrendar os comités municipais e meios rolantes para os representantes municipais. “Não há transparência nos valores que são dados aos partidos políticos porque não vimos os resultados satisfatórios. Hoje, a CASA-CE não tem estrutura em Viana, Cacuaco, Belas, Quiçama e Icolo e Bengo por falta de dinheiro”, disse a fonte da CASA-CE.

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