“Foi um erro permitir que independentes dirigissem a CASA-CE”
Sikonda Alexandre Lulendo, Deputado e vice-presidente da CASA-CE, reconheceu ao Factos Diários esta quarta-feira, 17, que os antigos presidentes que dirigiram a Coligação como o caso de Abel Chivukuvuku e o seu então sucessor, André Mendes de Carvalho, considerou um erro permitir que independentes dirigissem a CASA-CE apesar de estar em conivência do Colégio Presidencial.
Por Joaquim Paulo
Dr. Sikonda Lulendo Alexandre, entende que a CASA-CE precisava de um sangue novo para tornar a coligação mais forte, por isso, segundo conta, Dr. Manuel Fernandes é a pessoa ideal para tirar a Coligação da coma. “Vamos regressar no programa 7 e 7 e no 15-15 por ser algo que caracteriza a CASA-CE. Vamos trabalhar e o PNSA dará o apoio incondicional ao novo presidente para a vitória de 2022”, disse.
“Nós é que erramos ao aceitar que políticos independentes ocupassem o cadeirão máximo do partido ”. Foi nesses termos que o vice-presidente da CASA-SE justifica o erro que a coligação cometeu desde a sua génese. Questionado pelo FD, se o estatuto da CASA-CE oferece prerrogativa aos Presidentes de partidos coligados concorrer à Presidência, o político responde que tudo depende do Colégio Presidencial uma vez que o acórdão dá poder aos partidos coligados.
O político e Deputado, fez saber, também, que o estatuto que regula a CASA-CE está a ser revisto, com a finalidade de ajustá-lo à realidade actual. Durante o seu depoimento ao FD, adiantou que Manuel Fernandes, o actual Presidente, será “mesmo” o cabeça de lista nas eleições gerais que se avizinha. “Por mais que seja Presidente de um partido coligado, o PALMA, não há incompatibilidade segundo o Acórdão 497/18 do Tribunal Constitucional da República de Angola. Apesar de ser presidente do PALMA, acreditamos que a prioridade será a CASA-CE”, Finalizou.
Vale recordar que Sikonda Lulendo, além de vice-Presidente da CASA-CE, é o Presidente do Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), foi o primeiro a reivindicar as políticas implementadas pelo até então Presidente da coligação. O político, reconhece que o tempo é escasso, por isso, conta com todas sensibilidades sociais para apoiar de forma incondicional as políticas da Coligação e do seu presidente Manuel Fernandes.