Funcionários da administração de Cacuaco com quadra festiva comprometida. Dois anos sem salário

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Cerca de 90 trabalhadores da administração Municipal de Cacuaco, correm o risco de passar a quadra festiva sem os seus ordenados. Apesar da administração ter uma dívida pendente de 24 meses, desde Março deste ano, funcionários não vejam a cor dos seus ordenados. A informação foi avançada esta sexta-feira, 18, por funcionários que preferiram o anonimato.


Por Isidro Kangandjo

“Éramos mais de 90 funcionários, de um tempo a esta parte, o número reduziu, porque, alguns morreram. Temos colegas que foram obrigados a se separarem das esposas e outros os filhos foram obrigados a suspender os estudos por incapacidade de pagar as propinas. Não há possibilidade de progressão na carreira. Não temos direito aos subsídios de férias e tão pouco de natal. Estamos mal”, disseram os funcionários da administração de Cacuaco.

Os trabalhadores que falaram ao Factos Diários, conta que já foram realizado vários encontros entre os lesados e a administração, criou-se grupos para tratar do assunto, infelizmente, os responsáveis das comissões foram nomeados para ocuparem cargos em outras zonas o que impossibilita a coesão do grupo.

A pouco menos de três meses, os funcionários tiveram outro encontro onde integra os responsáveis dos Recursos Humanos e do Gabinete jurídico da administração de Cacuaco, infelizmente, não há eficácia. Os trabalhadores tiveram informações de que a governadora de Luanda terá orientado a administração para resolver o problema ao nível local.

AUXÍLIO JACOB OBRIGA FAMINTOS DISTRIBUÍREM COMIDA A OUTROS FAMINTOS

Quando o chefe quer aparecer, tudo é possível inclusive sacrificar os seus subordinados para dizer que internamente tudo está a correr bem. O estranho é que apesar dos funcionários estarem mais de dois anos sem salário, nesse período do estado de emergência imposta pela Covid-19, a administração liderada por Auxílio Jacob, nunca se interessou em apoiar os seus auxiliares “mesmo sabendo da situação difícil que temos passado. E o contraste é que nós ajudamos e trabalhamos na distribuição de bens às famílias carenciadas e outros meios que se tem distribuído”, disseram.

E adiantam ainda que, “Se não há forma de nos pagarem salário, que nos deem o que nos é devido e nos mandem para casa”. Na maioria dos trabalhadores neste processo, têm mais de 6 anos de casa e outros mais de 15 anos de trabalho.

A nossa equipa tentou contactar um dos responsáveis da administração, infelizmente não tivemos sucesso, mas, prometemos tudo fazer para ouvir a versão da entidade empregadora cujo gestor é Auxílio Jacob.

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