QUANDO O POLÍTICO É BAJÚ: Adriano “médico” dá lição moral e cívica ao Celso “político”

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Em torno está a manifestação Nacional dos médicos contra a descriminação do presidente do Sindicatos Nacional dos Médicos Angolanos (SINMEA) a ter o lugar para o dia 19 deste mês para exigir o retorno ao trabalho do Dr. Adriano Manuel, pagamentos dos seus salários e anulação do processo disciplinar.


Por Isidro Kangandjo

Quando eram 23:24 minutos de 14 de Dezembro, Celso Malavoloneke, Político do MPLA e amigo pessoal da Ministra da Saúde Sílvia Lutucuta, escreveu: “Sindicalismo, política e pouca comunicação. No meio disto tudo, o Dr° Adriano mais tarde ou mais cedo prestará contas à História pelo aproveitamento inético que está a fazer da pandemia. Os médicos angolanos serão os únicos no Mundo a fazerem greve no meio da Covid… triste!”, rematou.

Adriano Manuel, Médico e presidente do Sindicato dos médicos, respondeu hoje, 15, quando eram 05;16 dizendo que, até onde sabe, Dr. Celso Malavoloneke é amigo pessoal da Ministra da Saúde. Apesar do assunto ter sido abordado com alguma insistência na comunicação social a quatro meses, Adriano Manuel não se lembra um comentário do Político em relação ao assunto relacionada com a suposta injustiça que o mesmo atravessa.

 

ACOMPANHE O DESABAFO DO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS MÉDICOS

 

A sua grande preocupação tem sido saber, qual a minha formação política.
Me parece que a estratégia de silenciar o sindicato dos médicos de Angola prejudicando o seu presidente foi sua. Fui transferido do hospital pediátrico David Bernardo a quatro meses sob o pretexto de mobilidade de quatros. Então, porque durante quatro meses não colocaram noutro hospital já que o objetivo era mobilizar o quatro para outro hospital onde se precisava mais? Me foi quartada o possível de fazer o que mais gosto, tratar de crianças. Fui prejudicado com cortes dos meus subsídios, numa altura de pandemia com o custo de vida cada vez mais alto, prejudicando substancialmente os meus filhos.


O senhor nunca se pronunciou? Afinal o que é que eu lhe fiz de tão mal?
O senhor está sempre a fazer comentários nada abonatório ao meu respeito.
Todo foi feito no sentido de encontrar o melhor caminho para resolver este problema.

Escrevemos para o Ministério do Trabalho, Presidência da República, IGAI, Ministério da Justiça, para a Ministra da Saúde (sua amiga), Vice-presidente do MPLA,
Recentemente para o Vice-presidente da República, no sentido de observar o processo relacionado com o caso do presidente do sindicato dos médicos, nenhuma das cartas nos foi respondida.

Depois do ultimato dado pelo sindicato obtivemos a resposta do gabinete jurídico do MINSA, mantendo o processo disciplinar, tudo isso por ter denunciado o elevado índice de mortalidade de crianças que vinham da periferia gravemente doentes, por falta de médicos, medicamentos, seringas, outros materiais gastáveis crianças que poderiam ser seus filhos, sobrinhos até mesmo seus netos, sob pretexto de ter violado a deontologia profissional, ficando quatro meses sem trabalhar, quando do dia seguinte o próprio director do hospital fez as mesmas declarações na ANGOP, bem como na Rádio Eclésia, nem por isso lhe foi instalado um processo disciplinar.

Caro Celso, na sua perspectiva pensar de forma diferente é ser da oposição. Em momento nenhum observei uma opinião sua em relação a atitude do Ministério da Saúde. Para si as crianças que morreram e ainda morrem em Angola por falta de médicos, meios diagnósticos não significa absolutamente nada, desde que não seja seu familiar. Denunciar mortes para melhorar o sistema nacional de saúde para si é um gesto errado. Os filhos dos outros podem morrer. O que te fiz de tão mal para sempre mais sempre emitir opiniões negativas ao meu respeito?

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