Angolanos celebram hoje o 36° Aniversário da Batalha do Cuíto Cuanavale
Assinala-se, este sábado, o Dia da Batalha de Cuíto Cuanavale, o maior confronto militar da Guerra Civil Angolana, ocorrido entre 15 de Novembro de 1987 e 23 de Março de 1988, com palco no sul do País, isto é, na província do Cuando Cubango.
Por Redacção do Factos Diários
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23 de Março é também conhecido como o Dia Internacional da Libertação da África Austral, onde confrontaram-se os exércitos de Angola, Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) e Cuba, (FAR) contra a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) e o exército sul-africano, considerado o conflito mais prolongado que ocorreu em África desde a Segunda Guerra Mundial.
Seguindo uma série de tentativas frustradas de dominar a região em 1986, oito brigadas da FAPLA realizaram em Agosto de 1987 uma ofensiva, conhecida como “Operação Saludando Octubre”, contra as bases da UNITA na Jamba e Mavinga, contando com apoio de armas e tanques T-62 soviéticos, e de unidades motorizadas cubanas.
A África do Sul, que fazia fronteira com Angola por meio do território em disputa da actual Namíbia, estava determinada em prevenir que a FAPLA ganhasse controle da região e permitisse que a Organização do Povo do Sudoeste Africano actuasse no local, o que colocaria o regime do Apartheid em cheque.
Em uma nota publicada pela Página Oficial do Vice-Presidente da República de Angola, em março de 2023, refere que os lados do conflito reivindicaram vitória, e até hoje as narrativas e memórias sobre a batalha são objecto de debate.
Entretanto, segundo esta fonte, o evento tornou-se o ponto de viragem decisivo na guerra que se arrastava há longos anos, incentivando um acordo entre Sul-africanos e Cubanos para a retirada de tropas e a assinatura dos Acordos de Nova Iorque, que deram origem à implementação da resolução 435/78 do Conselho de Segurança da ONU, levando à independência da Namíbia e ao fim do regime de segregação racial, que vigorava na África do Sul.