Hospital Geral do Bengo “confunde” infeção pulmonar com a Cov-19 e privatiza o corpo
Familiares da jovem Florinda Neto Augusto, de 25 anos de idade, pedem o esclarecimento das autoridades sanitárias e do Ministério da Saúde sobre a privatização do corpo da malograda.
Por Isidro Kangandjo
Numa entrevista que a família efectuou ao Factos Diários na manhã desta quinta-feira, 24, contaram que a jovem formada em Direito e professora há dois anos no Município do Nambuangongo, sofria do peito, vulgo “giba” há mais de sete anos. Segundo Paulino Gomes, irmão da malograda, o boletim entregue no dia 19 deste mês, assinado pela Drª. Lucrécia Mariza Keke Afonso, revela que a malograda foi vítima de infecção pulmonar.
“Se ela morreu da Covi-19, porquê a direção provincial da Saúde no Bengo não cercou a nossa casa e testar os contactos direitos? Precisamos que nos digam alguma coisa porque já preparamos as condições desde o dia 21 para o enterro condigo da nossa irmã”, disse Paulino Gomes.
O direito a responda, Dr. Dila Makonda, Director do Hospital geral do Bengo disse “a médica que estive no hospital suspeitou, isolou e pediu para que as pessoas não se aproximasse dela e lhe fecharam num sítio. Hora depois que foi a morte deu positivo a testagem rápida da Covid-19. As pessoas estão a brincar com a Covid, isso não é a malária”, disse.
Director do hospital não esclareceu porquê razão a direcção provincial não enviou até aqui, uma equipa médica para efetuar a testagem rápida aos familiares da malograda Florinda Neto Augusto.
De lembrar que a jovem vivia na província do Bengo, Município do Dande em Caxito, bairro Cawango.