“Terminámos o ano de 2023 com o sentimento de termos realizado uma parte significativa dos nossos objectivos no plano político-diplomático”

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Chefes de missões diplomáticas e consulares, representantes de organizações internacionais do Sistema das Nações Unidas e outros funcionários equiparados, estiveram est terça-feira, 23, no Salão Nobre do Palácio Presidencial onde o presidente João Lourenço esclareceu os avanços que o país teve durante o ano de 2023 e realçou igualmente o papel de Angola na resolução dos conflitos no continente africano.


REDAÇÃO FACTOS DIÁRIOS

“Terminámos o ano de 2023 com o sentimento de termos realizado uma parte significativa dos nossos objectivos no plano político-diplomático, por termos constatado que se elevou o nível da importância que atribuímos mutuamente ao intercâmbio entre os nossos países”, disse o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.

João Loureço avança que a República de Angola tem focado a sua acção diplomática na intensificação das relações bilaterais entre outros países, construir uma base de confiança recíproca e sólida, que permita desenvolver uma cooperação mutuamente vantajosa e transmitir, ao mesmo tempo, o interesse de Angola em acolher o investimento privado de empreendedores dos países interessados no mercado angolano, no âmbito das vastas oportunidades que oferecemos.

O Chefe de Estado angolano destaca as prioridades de desenvolvimento traçadas por Angola com a construção de importantes infra-estruturas rodoviárias, portuárias, aeroportuárias e energéticas, com realce para a conclusão das obras de construção do novo aeroporto internacional de Luanda, assim como a concessão do Corredor do Lobito a um consórcio internacional que vai realizar importantes investimentos de modo a garantir um caminho mais curto, seguro e barato do comércio entre os países encravados da África Central e Austral e os grandes mercados da Europa e da América.

A par dos esforços que Angola foi envidando para atrair a atenção dos  parceiros internacionais para o apoio ao desenvolvimento, João Lourenço encara como uma componente essencial da diplomacia a questão da paz, da estabilidade e da reconciliação nacional em África, designadamente na República Democrática do Congo, na República Centro-Africana, em Moçambique e no Sudão, promovendo várias iniciativas voltadas para a resolução dos conflitos que assolam estes países, onde Angola vislumbrou sinais encorajadores que nos animam a prosseguir até que seja alcançada a paz e a estabilidade.

“É nossa convicção que as conquistas internas alcançadas por Angola no plano material terão uma sustentabilidade mais duradoura e sólida se tudo isto se processar dentro do quadro da construção do Estado Democrático e de Direito, no âmbito do qual demos sequência a algumas das grandes preocupações da nossa nação, que têm a ver com a melhoria e consolidação dos direitos, liberdades fundamentais e garantias dos cidadãos, da transparência na governação e proximidade governativa, o combate à corrupção e à impunidade, bem como a necessária independência e harmonia entre os diferentes poderes do Estado”, disse.

João Manuel Gonçalves Lourenço promete dar seguimento às políticas de credibilização das instituições do Estado, realçando a importância do estabelecimento de uma democracia sólida numa nação próspera e preocupada com os principais anseios dos seus cidadãos.

“É dentro desta nossa visão que vemos com preocupação as mudanças inconstitucionais de governo em África, que vêm ocorrendo com frequência e impunidade para com seus actores, em flagrante violação dos princípios defendidos pela União Africana e pelas Nações Unidas”, disse.

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