Retorno às aulas “ entre a vida e aumento de contágio “

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Decisões saídas da reunião do Conselho da República 08 último, sob orientação do Presidente João Lourenço, apontam reunir condições mínimas de biossegurança visando permitir que “as batas brancas interrompidas devido a pandemia global de coronavírus, voltam “afluir às salas de aulas a partir do dia 05 de Outubro“. Todavia, pelo que se vê, ainda reina cepticismo e preocupações por parte de citadinos da cidade capita face à gravidade da situação epidemiológica” com que se debate o país.



Por André Mavungo

Factos Diários foi à rua e reporta que professores, encarregados da educação e Luandeses em geral, são unânimes de que não seria possível por enquanto, o retorno às aulas, manifestam-se preocupados e cépticos quanto às decisões tomadas pelo executivo.

Isabel Sukuta, professora na escola do 6049 do 1º ciclo e secundário respectivamente, ao Bakita Kossi no distrito urbano da Sapú, disse que não é momento propício para que o executivo aprovasse o recomeço às aulas embora tenha admitido a existência de equipas na criação de condições de biossegurança e sanitárias em todas as escolas do país. Portanto, Sukuta lamenta pela tal decisão que pode resultar em consequências graves e admite a possibilidade de não haver rendimentos acadêmico significativos de professores para com alunos o que basicamente pode tornar-se num “ verdadeiro “caos “ face ao longo interregno que se verificou até aos dias de hoje.

“Às crianças sobretudo, requerem uma preocupação especial e redobrada, por em vez ficam além das próprias medidas implementadas por forma a que se evite o contágio. Não é uma medida acertada a julgar por um lado pelo pouco tempo que falta para o fim do ano acadêmico 2019 / 2020 “, frisou Sukuta.
Há precisamente 18 anos de docência, formada pelo Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED) de Luanda, a professora assegurou que em sua escola a título de exemplo, a realidade sanitária( higienização) foi sempre precária pelo que não sabe ao certo como proporcionar um serviço de qualidade sobretudo em fase crítica do novo coronavírus. “ Portanto, eu em particular não me alinho nesta diapasão e não tenho moral para retornar com as minhas actividades laborais porque vale mais a vida do que qualquer outra coisa “ rematou.

Celina Massanga, encarregada de Educação que falava ao Factos Diários, adiantou que a decisão do executivo não terá sido a mais viável possível já que o país até ao momento continuar a ter aumento de casos considerável e preocupante o que claramente faz com que não houvesse a possibilidade de recomeço imediato às aulas. Massanga, visivelmente triste e abalada devido ao contágio assustador que possuí cidade “Kianda” dias – após – dia, embora por vezes deixe algumas dúvidas sobre actualizações de dados a cargo da comissão multisectorial, explicou que com esta decisão o país prevê passar por consequências graves.

Para Eduardo Ndima, de 63 anos de idade, conta que o executivo e os órgão de apoio, não terão feito leitura mais concreta sobre actual contexto global e as gravidades causadas pelo “ inimigo invisível .

“As autoridades Angolanas não devem forçar decisões erradas que perigam a vida da maioria O mundo ainda continua a viver as amarguras de Covid-19 que seguem e somam. A nós os Angolanos, o aumento de casos infectados é o resultado de que o quadro é ainda muito crítico. Faltando apenas três meses para o fim ano, só restava continuar centrado nas medidas de prevenção e combate contra a doença”, rematou.

de recordar que nas últimas 24 horas o país registou 125 novos casos de infeções e 32 recuperados. Angola contabiliza 3.217 casos positivos, 130 óbitos, 1.277 recuperados e 1.810 activos.

Dos activos, três estão críticos com ventilação mecânica invasiva, 25 graves, 46 moderados, 48 apresentam sintomas leves e 1.688 assintomáticos.
As autoridades sanitárias acompanham 377 doentes internados em diferentes centros de tratamento no país.

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