Chivukuvuku sem CASA para morar e sem GALO para comer

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Abel Eplanga Chivukuvuku, ingressou no partido UNITA em 1974, passando em 1979 para o braço militar do movimento. Em 2010, o político deixa a UNITA, em desacordo com o então presidente do partido, Isaías Samakuva, para fundar um novo projecto político, a Convergência Ampla de Salvação Nacional (CASA-CE), com a qual concorreu às eleições de setembro de 2012 tendo conseguindo, oito deputados.


Por Redacção do Factos Diários 

Para muitos analistas políticos, Abel Chivukuvuku é considerado como um animal político porém, carrega consigo arrogância e um homem bastante precipitado. Makunta Nkpondo, Deputado da CASA-CE, disse o ano passado numa entrevista efectuada na Voz da América que Abel Chivuvukuvuku embora seja um bom político é também ”arrogante”.

PhD Sapalo António, activista social e político do PRS, reconheceu ao “Factos Diários” que é uma aberração Chivukuvuku se considerar como o fundador da Coligação porque, entende o político que a CASA-CE existe porque houve a vontade dos partidos políticos legalizados.

Em Fevereiro de 2019, os partidos coligados elaboraram uma carta subscrita por cinco das seis formações partidárias que compõem a CASA-CE, para exigir a saída de Abel Chivukuvuku.

Segundo Manuel Fernandes, um dos vice-presidentes e membro do Conselho Presidencial da CASA-CE, Abel Chivukuvuku quebrou a confiança da organização. “A projeção de novos ares fora do âmbito da CASA fez com que se perdesse a confiança de parte de vários entes constituintes dentro da própria coligação”, explica.

Alexandre Sebastião André, falando sobre o assunto, revelou que com Dr. Abel na liderança da CASA-CE, os partidos coligados não tinham o poder de decisão, ou seja, reinava apenas a ditadura deixando o funcionamento da coligação aos independentes. “Quanto ao acórdão do TC, tirou as dúvidas e chamou à razão daqueles que teimosamente insistiam na sua primazia ante os partidos políticos”, disse.

Na visão dos membros da CASA-CE, Abel Chivukuvuku chegou numa residência e queria impor regras inclusive para a sua remodelação dando o poder aos seus filhos. Numa forma clara, a CASA-CE é dos partidos políticos e não dos independentes, por isso, o monopólio promovido pelo convidado, criou ciúme aos donos.

Depois da sua saída na CASA-CE, Chivukuvuku promove em setembro de 2019 a recolha de assinaturas para a legalização do seu projecto Político PRA-JÁ, mas antes, promoveu palestras e encontros de auscultação a nível nacional para a recolha do nome. Desde o começo do ano em curso, o Tribunal Constitucional tem chumbado o projecto pela suposta insuficiência de assinaturas quer também a falsidade de dados.

Actualmente, os membros têm realizado marchas para pressionar o TC de forma a reconhecer as assinaturas. Abel Chivukuvuku e seus seguidores, acusam o MPLA de pressionar o Tribunal Constitucional no sentido de não permitir a aprovação do seu embrião político, um assinto que já foi desmentido pelo MPLA na pessoa de Mário Pinto de Andrade.

PARA ONDE VAI O ABEL SUBSTITUIDO PELO MIAU?

O político angolano tem vindo a ser citado na sociedade civil angolana como tendo manifestado disponibilidade para ingressar noutro qualquer partido, depois do Tribunal Constitucional ter chumbado o seu projecto político PRA-JA Servir Angola. Contudo, Chivukuvuku terá assegurado que excluiria o MPLA dessa possibilidade.

Sobre o assunto, Álvaro Chicuamanga Daniel, Secretário-geral da UNITA já reagiu. A UNITA só aceita o regresso do histórico se ocorrer uma justificação pública sobre as razões que o fizeram abandonar o partido para fundar, em 2012, a Convergência Ampla de Salvação em Angola (CASA-CE).

Chicuamanga reconhece que a saída de Chivukuvuku depois de 30 anos de militância ativa, “provocou uma sangria” na organização política, contudo, considera não haver qualquer ressentimento que possa impedir o reenquadramento, “cada um ao seu nível” dos dirigentes que a dada altura se incompatibilizaram com o partido. “Não há nenhuma posição oficial porquanto nem ele próprio manifestou oficialmente esta intenção”, revelou.

Sem CASA para morar e sem GALO para comer, PRÁ-JÁ, o frio e a fome vai assolando o político que tudo tem para dar certo, porém a falta de calma vai destruindo o mostro político angolano.

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