Veto interprovincial cria prejuízo de 100% na empresa ANGOAUSTRAL

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A afirmação é do Diretor da Operação e Manutenção da empresa ANGOAUSTRAL, Américo Correias quando falava ao Portal Factos Diários, nesta segunda-feira, 07 do mês do Herói Nacional.

Por Isidro Kangandjo

As actividades interprovinciais paralisadas no dia 27 de Março do ano em curso por culpa da Covid-19, a empresa de transporte pública, encerrou as viagens para as províncias de Malanje, Huambo, Benguela, Uíge, Zaire, Kwanza-Norte e Kwanza-Sul. Neste momento, mais de 75 funcionários que efectuavam viagens de longo curso, estão estagnados das suas actividades, porém, a empresa continua a pagar 100% do salário.

“Temos um prejuízo de 100% porque todas as actividades interprovinciais estão paradas e há trabalhadores para serem assalariados. Apesar de muitas dificuldades, estamos a pagar o salário”, disse Américo Correias.

Cinquenta autocarros de longo curso, estão paralisados, apesar dessa estagnação, as viaturas sofrem manutenções todos os meses e os custos vão aumentando todos finais do mês, por outro lado, são forçados pagar a renda dos parques em algumas províncias. Director Américo Correias, revelou que se não se efectuar o levantamento da cerca sanitária, a empresa corre o risco de reduzir trabalhadores conforme aconteceu com as outras operadoras sedeadas em Luanda.

“A empresa controla mais de 545 trabalhadores, se acerca sanitária não for levantada, veremos a despesa interna, avaliar as perdas internas e rendimento actual e, partiremos para a redução de funcionários. Já temos feito esse estudo e, notamos que a despesa é maior que o rendimento, por isso, precisamos de encontrar um denominador comum para evitar os riscos na empresa”, disse.

A decisão parece pesada uma vez que a ANGOAUSTRAL tem-se debatido nas políticas administrativas no sentido de aumentar mais emprego aos jovens angolanos. “Pedimos que as soluções sobre a Covid-19 chegue mais cedo para não chegarmos nesse extremo, porque, a nossa missão é empregar e nunca desempregar”, suplica o Director da Operação e Manutenção.

Procuramos saber do Chefe das operações, porquê razão os autocarros de longo curso não reforçam os autocarros suburbanas, o dirigente respondeu: “existe a especificidade de viaturas. Autocarros suburbanos, as pessoas viajam de pé, tem 35 cadeiras, tem duas portas, catraca e uma quilometragem de aproximadamente 31. Isso é diferente com as viaturas de longo curso”, explicou.

CUSTO OPERACIONAL EM ALTA

Américo Correias, reconheceu que os 50% de lotação exigido pelo Estado, faz com que o custo operacional seja muito alto quer nos recursos humanos e nos veículos. “Diariamente depositamos quinze mil litros e cada viagem está no valor de 3500 kwanzas, não compensa porque contamos com o engarrafamento e mal estado de conservação das vias”, explicou, por outro lado, o responsável da operação disse que a subvenção que recebem do Ministério das Finanças, tendo em conta a redução de lotação por culpa da Pandemia Covid-19, o que recebem ajuda mas não é suficiente para atender a demanda da empresa.

Tendo em conta o perigo da Pandemia, depois dos autocarros chegarem na base, passam numa desinfestação e, ao sair, o cobrador e motorista, recebem um frasco de álcool em gel para desinfectar as mãos durante o período laboral e são obrigados a trabalharem na sensibilização dos passageiros no cumprimento das medidas de prevenção.

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