UNITA vota contra divisão político-administrativa por considerar expediente eleitoral que visa retardar as autarquias

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O Grupo Parlamentar da UNITA votou contra a proposta de Divisão Político-Administrativa, alegando que a medida é um expediente político eleitoral que visa retardar a implementação das autarquias locais. Em declaração de voto, os deputados da UNITA afirmaram que a proposta não alcançará os objectivos pretendidos e que as autarquias são a prioridade urgente e necessária para o país.


REDACÇÃO DO FACTOS DIÁRIOS

O Grupo Parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) expressou, nesta quarta-feira, o seu voto contra a proposta de Divisão Político-Administrativa (DPA), durante uma sessão parlamentar. Em declaração oficial, o grupo considerou que a iniciativa não atenderá os objectivos de desenvolvimento pretendidos, afirmando que a mesma reflecte a perpetuação de uma cultura de governação centralizada que tem falhado em combater a pobreza, o desemprego e a fome no país.

De acordo com a declaração de voto divulgada pelo Gabinete do Presidente da UNITA, a que o Factos Diários teve acesso, a divisão político-administrativa deve ser um processo cuidadosamente estruturado e fundamentado em estudos robustos, envolvendo especialistas e dados estatísticos representativos. A UNITA defende que tais reformas devem priorizar os interesses históricos, culturais e econômicos dos cidadãos, com o objectivo de garantir a eficiência e a eficácia na prestação de serviços públicos.

No entanto, a UNITA criticou a proposta de DPA por considerar que se trata de um expediente político com intenções eleitorais, visando adiar a implementação das autarquias locais. “Votamos contra porque a DPA é um expediente político eleitoral que visa retardar a implementação das Autarquias”, lê-se na declaração.

Para o Grupo Parlamentar da UNITA, o foco do governo deveria ser a implementação das autarquias locais, que, segundo o partido, são essenciais para a promoção da autonomia local, a participação cidadã na gestão pública, e o crescimento econômico local. “As autarquias locais entre outras vantagens permitem a participação dos cidadãos na gestão da coisa pública local; garantem a legitimidade das Autarquias Locais; exigem das Autarquias Locais uma gestão democrática; asseguram a autonomia local e o reforço das competências”, argumenta a UNITA.

Os deputados do maior partido da oposição angolana finalizaram a sua declaração reafirmando a sua convicção de que o tempo e a história lhes darão razão, mantendo-se firmes na sua posição contra a proposta de Divisão Político-Administrativa, que consideram ser contrária aos verdadeiros interesses do povo angolano.

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