UNITA aceita convite do MPLA para uma amena cavaqueira
O Grupo Parlamentar da UNITA aceitou, esta quinta-feira, 27, o convite público, formulado pelo o Grupo Parlamentar do MPLA, durante a última sessão plenária da Assembleia Nacional, para um diálogo inclusivo sobre vários domínios do estado atual do País.
Por Kamaluvidi Baltazar
Durante a Conferência de Imprensa, que teve lugar esta quinta-feira, na sede do Grupo Parlamentar da UNITA, a mesma que teve como objetivo apresentar a sua posição face a este convite formulado pelo o Presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira.
O deputado e também Presidente do grupo parlamentar do ´Galo Negro´, Liberty Chiaka, que presidiu a conferência, disse que o seu Partido sempre manifestou disponibilidade para dialogar com outros Partidos Políticos sobre qualquer assunto. O político adiantou que no convite formulado foi possível identificar alguns elementos que considera positivos para a construção do futuro, um deles como o reconhecimento implícito de aprofundamento da democracia no País supostamente abandonada.
Liberty Chiaka, por seu turno, entende que o diálogo proposto deve ser feito a três níveis e por três grupos de interlocutores, como o diálogo entre o povo, sindicatos, associações, empregadores, trabalhadores, estudantes e o Titular do Poder Executivo. No segundo nível, o Deputado aponta o diálogo profundo que seja intra povo para se construir uma pátria fundada na diversidade de ideias e culturas.
Por último, a UNITA espera que este diálogo versa sobre matérias da competência exclusiva da Assembleia Nacional, no quadro da constituição actual. O Grupo Parlamentar da UNITA reafirmou que está sempre disponível para o diálogo interparlamentar, seja para o aperfeiçoamento democrático do Regimento da AN, seja para aprovar a Estratégia Nacional para a Despartidarização do Estado, bem como para trazer ao público a Lei da Institucionalização das Autarquias.
´´O diálogo inclusivo não deve ter como objetivo amortecer as justas manifestações de indignação dos cidadãos pela impunidade sistêmica da má governação ou pelos abusos de poder, ou ainda pelos atos gritantes de improbidade pública e de corrupção generalizada de alta hierarquia, e já mais deve ser utilizado como acto de distração política ou como mais um instrumento de gestão e manutenção do poder”, palavras de Liberty Chiaka, tendo acrescentado que a ideia do diálogo só será positiva se for genuína e perseguir objectivos nobres, tais como corrigir os desvios do processo de democratização efetiva do País.
Ainda, no que toca as autarquias, no final da conferência, os deputados propuseram ao Partido dos camaradas o desafio de nos próximos 30 dias ser agendada a conclusão do pacote autárquico para que seja definitivamente implementado no país o poder local.