Tribunal arresto todos os bens do Consórcio Comandante Loy a favor da Empresa chinesa
Trata-se de um conflito que teve o seu início em 2015, quando a empresa Haiping Internacional Limitada, moveu uma acção judicial contra o Consórcio Comandante Loy, reclamando o valor de 21 milhões 918 mil 311 dólares e 81 cêntimos, de um montante de 30 milhões de dólares investidos pela construtora que resultaram nas obras nos condomínios “Cecelo”, em Catete com mais de 150 casas e no Km 25, em Viana com mais de 174 dos modelos que vão de T1 até T5.
Por Isidro Kangandjo
Em 2018, soube o Factos Diários, o presidente da Haiping Internacional, Zhang Haíping, disse que na parte final dos trabalhos nos referidos projectos, o Consórcio Comandante Loy decidiu, de forma unilateral e à força, impedir a entrada de técnicos chineses nos condomínios habitacionais, o que desencadeou um conflito entre as partes.
GUERRA JUDICIAL
Em Dezembro de 2017, o Tribunal Provincial de Luanda deliberou uma providência cautelar em que “obriga” o Consórcio Comandante Loy à restituição do investimento por si realizado e que impede a referida entidade de dispor das referidas habitações até à liquidação da dívida com a construtora chinesa.
A decisão do Tribunal foi violada por conta do poder militar e influência política na então governação de José Eduardo dos Santos que fez com que o caso não tivesse pernas para andar.
Finalmente, o processo n° 124/24-F, conseguiu seguir caminhos que o levaram a vitória e, no dia 15 deste mês, o Tribunal anunciou arresto preventivo de todos os bens do Consórcio Comandante Loy, ou seja, mais de 300 residências e outros bens dos dois condomínios serão entregues à empresa chinesa.