Trabalhadores da Rádio Despertar há 70 dias sem salário
Jornalistas da Rádio Despertar 91.0 em FM, uma das rádios de maior audiência na capital Angolana, afecto à UNITA, o maior partido na oposição, mostram-se indignados com actual posição da Direcção em virtude da demora que se tem verificado no pagamento dos seus proventos numa altura em que a situação socioeconômica no país e em Luanda particularmente, tem conhecido transtornos alarmantes associado a pandemia global da Covid-19.
Por André Mavungo
De acordo com a fonte que o Factos Diários teve acesso, os profissionais daquela casa de rádio estão há precisamente 70 dias sem os seus pagamentos. Esta situação, avança a fonte, já tem criado ânimos exaltados e torna o “ ambiente laboral mais “azeda” perante à direcção da referida estação radiofônica dirigida superiormente por Emanuel Malaquias coadjuvado pelo jornalista Anastácio Tchiluvia.
Com um base salarial abaixo de apenas 40 mil kz por cada repórter, sendo que direciona – se 70 para os operadores de som, “ o “ que reflicta apenas numa gota atirada no oceano “ face às exigências impostas pela conjuntura actual, pelo que os jornalistas da Despertar entendem que chegou a hora de se inverter o “ melindroso “ por viverem há longínquos anos e pedem a quem do direito no sentido de se repor a justiça e garantir a dignidade e o bem-estar de quem sacrifique a vida e sua família.
Ao Factos Diários, a fonte assegura por um lado que há já muitos anos que o salarial se mantém teimosamente magro, uma vez tratar-se duma emissora que assegure sem sombras para dúvidas, os interesses maioritariamente ligados aos “Maninhos” visando garantir a sua força permanente na luta democrática contínua no país.
Pelo que sabe, outro incômodo consiste igualmente na falta de condições de trabalho para o êxito e reduza as motivações para quem queira exercer a sua actividade profissional. Perante estes factos preocupantes, é urgente que a gestão de Emanuel Malaquias a frente do destino da Despertar desde 2013, não traga “ calças novas “ num curto tempo possível por forma a que se enterra o “ dilema “.
De acordo com a fonte deste portal, as receitas arrecadados através de serviços publicitários, ficam aquém do “ alheio “ o que por um lado deixe cépticos os homens da 91.0 em FM, ausentes da sua própria realidade.
Os funcionários da RD, debatem-se igualmente com problemas ligados ao nepotismo que por vezes dá direito à familiares de quem esteja na liderança do Partido, permite acomodação de pessoas em benefícios daqueles que se dediquem a fazer o seu melhor no sentido de garantir que os chamados “intocáveis” permaneçam.
Os funcionários da Rádio Despertar, não têm nem ser uma bicicleta para facilitar a locomoção dos repórteres no campo ou no cumprimento das pautas elaboradas pela redacção