Trabalhadoras do Hoji Ya Henda denunciam suposta troca de favores sexuais por emprego nos armazéns

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As trabalhadoras que prestam serviços de atendimento ao público nos armazéns localizados na famosa Praça do Hoji Ya Henda, no Cazenga, denunciam propostas feitas por investidores estrangeiros, que prometem oportunidades de trabalho em troca de favores sexuais.


Por Kamaluvidi Baltazar

Segundo relataram ao Factos Diários várias mulheres que trabalham naquele local, esta prática existe há muitos anos e é do conhecimento de alguns funcionários da Administração da praça. No entanto, até à data, tais atos continuam a ocorrer, sendo considerados por muitos como uma violação da dignidade das trabalhadoras.

Sem revelar a sua identidade, uma jovem que trabalha há dois anos num armazém de venda de calçado feminino na área de logística conta que, nos primeiros dias de trabalho, foi indiretamente abordada pelo seu superior com a proposta de manter relações sexuais em troca da segurança do seu posto de trabalho, sob ameaça de o perder.

Este comportamento, segundo a nossa fonte, é mais comum entre cidadãos estrangeiros, nomeadamente empresários de nacionalidade chinesa e maliana, que se dedicam à venda de vestuário, calçado, eletrodomésticos e utensílios de cozinha, como bacias e baldes. Estes investidores, segundo relatos, fazem grandes ofertas às mulheres que procuram emprego, utilizando o assédio como meio para garantir que obtenham a vaga.

O Factos Diários, ao inquirir sobre o que acontece após a recusa de tais propostas, apurou que algumas mulheres chegam a ceder, temendo perder o emprego, enquanto outras, sobretudo as comprometidas, preferem rejeitar as ofertas e procurar outras fontes de rendimento, onde se sintam respeitadas e valorizadas.

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