Tomás Bica pode transformar Cazenga numa pequena Coreia do Norte
Administrador municipal do Cazenga, nomeado no dia 17 de Dezembro do ano passado, é acusado de recorrer na era de José Eduardo dos Santos para destruir mural de homenagem aos activistas estampados em uma das paredes da Mulemba, distrito 11 de Novembro. A acção do novo inquilino do Cazenga está a gerar polémica e avizinha-se chuvas de manifestações.
Por Redação do FD
Um grupo de jovens, supostamente ligado ao MPLA, decidiu destruir o mural com oléo queimado, principalmente o retrato do Inocêncio de Matos, morto em plena manifestação do dia 11 de Novembro de 2020, pela Cidadania, pelo fim do elevado custo de vida e pelas autarquias sem rodeios em 2021.
Os activistas já foram sensibilizados e tudo indica que a partir desta semana, os mesmos poderão realizar uma semana e meia de protestos para o respeito às liberdades estampadas na Constituição de Angola com o lema “pelos nossos e contra Tomás Bika”.
As condições estão criadas para que Cazenga se torne uma pequena coreia do Norte, a turma do apito que tirou o poder da Polícia Nacional no distrito do Sambizanga, poderá efectuar os seus trabalhos no município.
De lembrar que no dia 22 de Dezembro de 2020, Tomás Bica fez saber que os problemas do município estão identificados e serão resolvidos e, apontou, como prioridade do seu mandato, as vias de acesso, a segurança pública e o saneamento básico, tendo revelado que a dinâmica para se atingir esse desiderato será de 360 graus e deixou um alerta aos seus colaboradores directos, afirmando que “quem não estiver a conseguir pode colocar o seu cargo à disposição”.