Tomada de decisões sobre o projecto Baynes leva João Baptista Borges reunir com o seu homólogo namibiano no Aproveitamento Hidroeléctrica de  Laúca

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O Ministério da Energia e Águas fez saber hoje aos órgãos de comunicação social que decorre esta segunda-feira, 03 de Junho, no Aproveitamento Hidráulico de Laúca, na província de Malanje, um encontro de trabalho para tomada de decisões sobre o projecto de BAYNES entre os Ministros da Energia e Águas de Angola, João Baptista Borges e das Minas e Energia da República da Namíbia, Tom Allweendo.


O Aproveitamento Hidroeléctrico de Baynes situa-se no Rio Cunene, no trecho internacional fronteiriço com a República da Namíbia, a cerca de 48 km a jusante das Quedas de Epupa, 200 km de Ruacaná, local em que o rio atravessa o desfiladeiro de Baynes.

O Baixo Cunene, região que se estende por aproximadamente 185 km a partir das Quedas de Epupa até à foz do rio Cunene no Oceano Atlântico, é considerada a área de influência do Empreendimento.

Os estudos preliminares consideram que o AHE Baynes será constituído por uma barragem de betão compactado a rolo, com altura de 200 m, 1025 m de comprimento de coroamento, 40 km de comprimento da albufeira e área inundada de 58,15 km2 num nível de pleno armazenamento.

A unidade de aproveitamento será composta por um canal de adução, tomadas de água, condutas forçadas e central de geração.

A central de geração da barragem principal terá uma potência de 860 MW, com 4 unidades de 215 MW, sendo 430 MW para Angola e 430 MW para a Namíbia, estando garantida a integração do AHE Baynes às redes nacionais de energia dos respectivos países, através da rede de integração regional Angola/Namíbia (ANNA).

 Como resultado dos estudos ambientais será construída também uma Barragem de Regulação, cerca de 12 km a jusante da barragem principal, para mitigar o impacto dos caudais no momento da operação em regime de pico, na ecologia ribeirinha a jusante.

Na barragem de regulação será instalada uma central com 3 unidades de 7 MW cada, totalizando 21 MW de potência;

A área de inundação (“pegada” do reservatório) estender-se-á por cerca de 6 km a montante;

A parede da barragem será utilizada simultaneamente como travessia rodoviária que liga o corredor rodoviário ocidental de Angola e da Namíbia.

O regime operacional será de carga base e, de igual modo, realça-se que o Projecto se reveste de enorme importância para o progresso das regiões Sul de Angola e Norte da Namíbia e para o fortalecimento das relações bilaterais, sendo que, para além da produção de electricidade, irá propiciar o desenvolvimento destas regiões nos sectores da agricultura, pecuária, turismo e criação de emprego, dentre outros, e estabelecer um corredor rodoviário entre os portos do Namibe e Walvis Bay.

No estudo de viabilidade técnico-económico foi estimado um custo inicial de 1,370 Mil Milhões de USD e um prazo de 5 anos para a sua construção.

Este valor não inclui a construção das infraestruturas associadas, tais como: estrada de acesso e linhas de transmissão de energia.

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