SOBRE ELEIÇÕES: Dois bispos angolanos a caminho do Vaticano
Duas vozes críticas na CEAST, entre as quais, Dom Maurício Agostinho Camuto, bispo de Caxito e Dom Belmiro Chissengueti, bispo de Cabinda, deslocam-se esta semana no Vaticano onde poderão abordar entre vários assuntos a situação política que o país atravessa.
Por Isidro Kangandjo
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Um dos bispos, sem gravar a entrevista informou que está preparada uma saída dos bispos para manter uma conversa com o Papa Francisco. Sem aprofundar o assunto, o Factos Diários sabe além da saúde da CEAST, o Papa será informado sobre o processo eleitoral em Angola que aconteceu no dia 24 de agosto que elegeu João Lourenço como presidente da República com 51,17% dos votos.
Os dois bispos, foram durante muitos anos denunciando as violações dos direitos humanos, a solicitação de melhores condições de vidas a quem governa assim como o anúncio da fraqueza do MPLA para governar os angolanos.os bispos, várias vezes foram chamados de opositores do regime e conotados como elementos ao serviço da maior força política na oposição, UNITA. A escolha dos bispos Dom Maurício Agostinho Camuto e Dom Belmiro Chissengueti, sucinta muitos porquês e, no olhar de alguns, Papa Francisco precisa ouvir Angola profunda e a realidade eleitoral das eleições gerais de 24 de agosto.
Dom Camuto, foi nomeado como bispo de Caxito em 15 de junho de 2020, pelo Papa Francisco e, em 16 de agosto foi consagrado por Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias. Este bispo, recebeu críticas por esclarecer as violações dos direitos humanos no país e por revelar a má gestão dos recursos públicos.
Já o Dom Belmiro Chissengueti foi nomeado a 3 de Julho de 2018, pelo Papa Francisco e, em 7 de Outubro do mesmo ano, é consagrado como o bispo de Cabinda. A partir deste enclave, vem denunciando várias questões políticas e terá pedido inclusive para que o estado angolano se demitisse das suas funções se por ventura achar que não tem força para governar o povo.