Sistema angolano faz da ETU ENERGIAS a fonte de enriquecimento ilícito? Almeida e Sousa, Alexandre Salgado e Ana da Conceição Nunes detêm 50 a 30%
Etu Energias é detida em 50% pelo antigo chefe de geofísica da Sonangol, Almeida e Sousa, e em 30% pelos seus ex-colegas Alexandre Salgado Costa e Ana da Conceição Nunes, esta última, alegam ser testa de ferro de Luís Nunes, o bilionário e actual Governador de Benguela.
Por Isidro Kangandjo
Uma empresa que existe há vinte quatro anos, apenas em 2023 teve passos gigantes porque, contam fontes, o sistema angolano fez desta empresa uma fonte de enriquecimento ilícito onde o próprio MPLA possa ter até 7% das acções enquanto que as restantes percentagens os proprietários estão em segredos.
No dia 11 de junho que no âmbito da sua estratégia de crescimento, a operadora angolana Etu Energias, S.A. concluiu o acordo com a GALP para a aquisição indirecta do interesse participativo de 5% no Bloco 32, 9% no Bloco 14 e de outros 4,5% no Bloco 14K, no offshore de Angola.
O Bloco 32 está localizado a cerca de 260 km da costa de Luanda, em profundidades de água que variam entre os 1.400 e 2.000 metros. É operado pela TotalEnergies Exploration Production Angola (30%), que lidera o grupo empreiteiro composto pela Sonangol Pesquisa e Produção, S.A. (30%), SINOPEC (20%), ExxonMobil (15%) e a então Galp Energia Overseas Block 32 B.V (5%).
Já o Bloco 14 está localizado a cerca de 100 km offshore de Cabinda, em Angola, e abrange aproximadamente 4.094 km2. É explorado pela Cabinda Gulf Oil Company Limited (Chevron) (31%) que lidera o Grupo Empreiteiro composto pela Sonangol Pesquisa e Produção, S.A. (20%), Azule Energy Angola B.V. (20%) e Etu Energias, através da sua afiliada AB 14 B.V. (20%) e Galp Energia Overseas Block 14 B.V. (9%).
Não restam dúvidas que Almeida e Sousa, Alexandre Salgado Costa e Ana da Conceição Nunes sejam os próximos a serem combatidos como o rosto do desvio do fundo ou mesmo de lavagem de dinheiro, sofrendo assim as mesmas humilhações de Generais Zé Maria e Kopelipa uma que os créditos solicitados para aquisição de participações tiveram a mão do sistema liderado pelo João Lourenço.
Uma empresa que começou como prestadora de serviço, com a chegada de João Lourenço no poder começou passaram a operadores e, para completar a cadeia, vão passar a ser retalhistas, ou seja, em breve o país terá várias bombas de combustível com o símbolo da Etu Energias.
Etu Energias é uma das mais duas empresas que mais crescem de forma estranha todos os dias sem conhecer realmente as caminhos que os levaram à atingir os níveis que registam hoje.