SINSE completa mais um ano de existência longe da imprensa. Será que são vampiros que não possam aparecer nas fotografias ou nas câmaras?
OPINIÃO
Isidro Kangandjo/ Jornalista e CEO do Portal Factos Diários
Depois da chegada de João Manuel Gonçalves Lourenço, o presidente de todos os angolanos, pensei que os senhores que supostamente são invisíveis teriam a coragem de aparecer, mas, mesmo com o lema “Trabalhar Mais e Comunicar Melhor”, uma iniciativa do Executivo, estes parece que não trabalharam, por isso, em momento algum comunicaram.
O Serviço de Inteligência Nacional e Segurança do Estado-SINSE, completou mais um ano de existência ontem, 29 de Novembro, somando os seus 49 anos.
O SINSE é o único órgão do Estado angolano que não sabe comunicar e nem mesmo elaborar nota de pedido de cobertura nas suas actividades como se tratasse de um órgão liderado por vampiros e que não possam ser vistos.
Graças a essas barreiras, o SINSE ganhou um outro perecer para os cidadãos como sendo um órgão ao serviço exclusivo do governo do MPLA que têm como missão boicotar ou mesmo fofocar. Alguns chamam de “bufus”. Claro que, quando alguém não fala, as suas acções podem ser interpretadas por diversas formas.
A presença dos elementos ligados ao SINSE nos órgãos de Comunicação Social, em parte, seria fundamental para se eliminar alguns tabus como se eles fossem uma instituição do mal ao serviço do MPLA.
Se um SIC que aparece na lista como sendo os que mais se matam e matam vários angolanos, têm um espaço visível nos órgãos de Comunicação Social, por que razão o Serviço de Inteligência nega tornar-se visível?Pelo que parece, para nós, os cidadãos, o SINSE não reúne para pensar um país onde os cidadãos são convidados a participar de forma direita ou indireta porque, se assim fosse, a mensagem seria tornada pública.
É preciso que, assim como acontece em outros países, o SINSE seria um elemento chave na elaboração de notas de sensibilização sobre a segurança nacional e o papel dos cidadãos a este quesito. Em Angola, por culpa destes, não existe a cultura de segurança nacional no seio dos estudantes até o operário.
Por vossa culpa, todos os quadros deste órgão que foram descobertos, inclusive na nossa profissão, estão a ser afastados ao serem comparados como sanguinários finos.
Não é a nossa culpa, na verdade, não sabemos o que fazem senão o pouco que ouvimos porque vocês não dizem nada sobre vós. Ainda que seja com máscaras e óculos pretos, se apresentem mesmo, pelo menos assim saberemos que vocês existem e têm programas de inclusão nacional.