SECRETÁRIO DA JURA PODE PROCESSAR CRIMINALMENTE A POLÍCIA NACIONAL
O secretário geral da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA) Agostinho Kamwango, afirmou a possibilidade de abrir um processo judicial contra a Polícia Nacional face a excessiva agressão aos cidadãos que se manifestavam no dia 24 de Outubro que resultou na detenção de 103 activistas e jornalistas. A afirmação foi feita hoje, 05, quando falava em Conferência de Imprensa em Luanda.
Por Kamaluvidi Baltazar
Nos últimos tempos, é notório a constante agressão e violação por parte dos agentes da Polícia Nacional contra os direitos fundamentais dos cidadãos bem como, o direito à manifestação, razão pela qual o braço juvenil da UNITA pode levar a cabo um processo aos tribunais contra os maltrato ocorrido o mês passado.
Agostinho Camwango, no momento que falava a Imprensa sobre a sua detenção no passado dia 24 durante a manifestação em Luanda, confirmou a existência de condições precárias nas cadeias de Luanda bem como a alimentação queimada dada aos prisioneiros e a total violação dos direitos dos detidos. “A comida que nos davam é arroz feito ao modo das cadeias normalmente queimado”, disse Kamwango.
Durante a sua detenção no período de oito dias, Secretário Nacional da JURA conta que por falta de desconfiança preferiu alimentação externa e afirma ter sido agredido em algumas vezes. Quanto a manifestação prevista no dia 11 de 11, defende que não tem medo algum de participar em manifestação visto que é um direito constitucional.
Segundo o secretário da Jura “as políticas erradas” é o motivo da pobreza em Angola, considerando o Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública inconstitucional. No que tange as condições nas prisões diz haver cerca de 45 crianças entre 12 a 15 anos que muitas das vezes eram mão-de-obra dos mais velhos e por vezes não se alimentavam.
De lembra que a conferência de Imprensa teve lugar em Luanda no Secretariado Geral da UNITA com a presença de mais de 30 membros do maior partido na oposição.