POVIGI monopoliza a segurança nos Hospitais de Luanda e Bengo há mais de 15 anos

A empresa de segurança denominada Provigi Lda, com a sede no município do Cazenga, Distrito Urbano do Hoji-Ya-Henda, supostamente ligada por um antigo Director do Gabinete Jurídico do Ministério da Saúde, é apontada de ser a única empresa de vigilância dos hospitais de Luanda e Bengo há mais de 15 anos, uma situação que viola as normas contratuais vigente no país.


Por Isidro Kangandjo

Informações que chegaram à Redação do Factos Diários apontam que a Provigi que protege todos os hospitais de Luanda e uma parte da província do Bengo, assinou também diferentes contratos nos mesmos hospitais como exemplo, está no instituto do câncer, a mesma empresa efectua manutenção de viaturas, segurança e outros serviços.

De acordo com a lei de contratação pública, os contratos, regra geral, devem ter uma duração máxima de quatro anos. O contrário da empresa Provigi, tem um contrato que dura perto de 20 anos. “ Há hospitais onde estão há 10 anos nos outros hospitais 15 e 20 anos. Nós estivemos no Hopital Maria Pia durante 20 anos e só saímos, se a memoria não me atreiçoa esse ano porque a nova gestão pretendia fazer algumas correções e nós fomos atingidos. ”, Disse António Castro, antigo segurança da empresa em referência.

Uma fonte que tivemos acesso, revelou que a provigi está no Centro de reabilitação, Hospital Pediátrico, Instituto de Câncer, Hospital do Prende, Américo Boavida, Cajueiros, Augusto Ngangula, Hospitais municipais só para referir alguns pontos onde exercem as suas funções há muitos anos.

FALTA DE CONCORRENTE CAUSA MAL SERVIÇO E VÍCIOS DE CORRUPÇÃO

O Factos Diários, foi informado que a fraca vigilância da empresa, tem provocado invasão de homens do alheio, porque, na calada da noite, muitos seguranças preferem dormir e não assumir o dever de proteger as instituições hospitalares de Luanda. Por outro lado, a fraca alimentação disponibilizado pela empresa para os seguranças, para além de receber uma única refeição ao dia, a mesma não tem condições. Como alternativa, os seguranças são obrigados a incentivar e praticar a corrupção às famílias que pretendem visitar os doentes.

“Somos mais explorados que outra coisa, por isso, para sobrevivermos, somos obrigados a pedir gasosa aos familiares que pretendem visitar os seus doentes e, com esse valor, conseguimos ter um matabicho e almoço porque a empresa disponibiliza apenas o jantar. O nosso chefe geral Horácio António quer o nosso chefe das operações Ernesto dominam da situação mas não resolvem nada”, confidenciou um dos seguranças no activo escalado num dos hospitais de referência.

HORÁCIO ANTÓNIO, DIRECTOR GERAL DA EMPRESA PROVIGI NEGA AS ACUSAÇÕES

A nossa equipa de reportagem contactou o senhor Ernesto, chefe das operações da empresa de segurança Provigi e este orientou para que se enviasse um documento seguido com as questões e, rapidamente foi respondido por Director Geral da PROVIGI Horácio António.

De acordo com a nossa enviada ao correios do portal Factos Diários, conta que a ideia que se quer fazer passar sobre o monopólio no asseguramento de todos hospitais de Luanda é desprovida de fundamentos. Quanto a longevidade que também se levantou, a empresa informa que após a entrada em vigor da Lei 19/92 de 30 de Junho que instituiu as empresas privadas de segurança, “a nossa foi uma das pioneiras se não mesmo das quatro primeiras a ser constituída a par de outras, a PTOVIGI focou a sua linha de actuação a protecção de hospitais em primeira instância. Não se trata de monopólio mas sim de alguma experiência acumulada e que faz com que a mesma permaneça”, disse.

A PROVIGI respondeu que com a entrada em vigor da lei 9/16 de 16 de Junho (lei da Contratação Pública), às instituições do Estado optaram na abertura de concurso públicos e a PROVIGI participou tendo ganhado alguns por mérito. A empresa negou que o dono seja antigo director do Gabinete Jurídico do Ministério da Saúde.

A empresa PROVIGI, preferiu não avançar sobre as razões que os fizeram sair do Hospital Maria Pia, porém adiantou apenas que “entregamos por razões que devem investigar junto do referido hospital e do Serviço Nacional de Contratação Pública, onde corre trâmites um processo a nosso favor”.

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