Proposta da autonomia de Cabinda apresentada pela UNITA é ´burla´- Diz FLEC-FAC
O Presidente da União Nacional Para a Independência Total de Angola-UNITA, Adalberto Costa Júnior, durante a campanha eleitoral das eleições de 2022, a UNITA propôs um estatuto de autonomia para Cabinda, mas a FLEC diz que a proposta não passa de uma burla e de um aproveitamento político barato.
Por Joaquim Paulo
O presidente da organização que luta incansavelmente para alcançar a independência das ´terras do Maiombe´, Emmanuel Nzita, não mostra recuo na ideia de uma Cabinda fora dos 1. 246.700km2. Pelo que, a sua posição verte-se unicamente pela independência do referido território.
“Presenteando Cabinda com uma ilusória autonomia, O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, reforça o seu lugar ao lado de outros políticos angolanos que controlam ditatorialmente o país desde 1975 e que consideram Cabinda como uma inegociável colónia angolana”, lê-se no comunicado-resposta da FLEC-FAC, citado pelo Correio da Kianda.
As Forças Armadas de Cabinda-FAC, sob orientação política da FLEC, vezes sem contas, tem desenvolvido revoltas armadas e civis que colocam em causa a segurança pública-Nacional. Recentemente, a FLEC-FAC deu um ´ultimato´ de um mês às autoridades para a retirada das Forças Armadas Angolanas-FAA daquela circunscrição.
A FLEC basea-se no tratado de Simulambuco, realizado antes da Conferência de Berlim, que havia tornado a província num território a parte de Angola, uma realidade que acabou por ser alterada na década de 1950 com a ´mexida´ na Constituição da República de Portugal, que atrelou Cabinda a Angola. E é essa determinação político-legal que prevaleceu com a independência de Angola até aos dias de hoje.